O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, disse nesta segunda-feira que o governo está avaliando medidas que possam facilitar o acesso de exportadores brasileiros a mercados. Ele disse que não poderia antecipar as medidas porque estão em fase muito preliminar.
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– Cabe ao minstério dar mais rapidez às ações para poder ter um bom desempenho (da balança) ainda no ano de 2012 – disse.
Segundo Alessandro, o papel do ministério é apoiar os setores da economia com os instrumentos existentes.
– O Brasil não pode fechar a economia, temos que fazer defesa e não proteção. Sempre que notarmos que há distorção grande e espúria na competição, o governo tem que agir através de seus instrumentos – afirmou. – Não se pode confundir defesa da indústria com proteção. Precisamos avançar na política industrial.
O secretário executivo lembrou que o Brasil já negocia com os países do Mercosul uma lista com 200 produtos que terão elevação do Imposto de Importação. Segundo ele, esse é mais um mecanismo de defesa contra a crise. A secretária de Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres, informou que na consulta pública sobre essa lista foram recebidos cerca de 300 pleitos para compor o documento. Ela destacou também que essa elevação é temporária, até 2014, e deve entrar em vigor no segundo semestre.
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Alessandro disse também que espera que o câmbio possa impactar positivamente algumas exportações de manufaturados nos próximos meses. No entanto, ponderou, não deve mudar a dinâmica e a tendência das exportações brasileiras. Ele destacou que o efeito do câmbio vai depender da recuperação das economias mundiais, caso contrário o impacto será neutro.
O secretário afirmou que a maior queixa dos empresários atualmente é a dificuldade de acesso a mercados por causa da baixa demanda. Ele disse que ainda assim a balança comercial terá superávit este ano, mas não quis arriscar uma estimativa.
– Não consigo mensurar o tamanho do superávit. Não consigo ter uma previsibilidade clara do que vai acontecer em dois ou três meses. O mercado externo tem muita volatilidade – afirmou.