No começo do próximo mês, o secretariado do governo estadual deverá passar por ao menos oito alterações. Por lei, os atuais secretários que pretendem concorrer em outubro precisam deixar seus cargos até dia 5 de abril e, com a aproximação do prazo, o PMDB e o PSD _ partidos que concentram maior número de cadeiras na estrutura do Executivo _, além do PSB, já começam a articular reuniões para propor ao governador, Raimundo Colombo (PDS), os nomes dos futuros substitutos.

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Na reta final de seu primeiro mandato, Colombo diz que ainda está estudando o assunto, mas o pessedista deve prezar pela continuidade, uma vez que algumas obras previstas pelo Pacto por SC devem ser finalizadas com previsão de entrega ainda para este ano. A tendência é que os próximos secretários sejam pessoas já atuantes nas secretarias ou que estejam familiarizados como a área de trabalho. Assim, são cotados secretários adjuntos e vice-presidentes para assumirem os cargos.

Em paralelo, o governador está planejando um ato para o dia 4 de abril na sede administrativa do governo para se despedir formalmente daqueles que irão se ausentar. A palavra final de quem vai assumir as funções é do governador, mas os partidos que ocupam a máquina do Estado já estão se reunindo e devem fazer indicações na próxima semana, principalmente para as cadeiras que ficarão sem um substituo imediato.

Este é o caso da secretaria de Infraestrutura, cujo atual secretario é o deputado estadual Valdir Cobalchini e o adjunto Wanderley Agostini, os dois do PMDB. Ambos irão se retirar para concorrer às eleições. O partido indicará o atual presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, que pode chegar a acumular os dois cargos.

>> Em janeiro, cinco secretários haviam confirmado saída

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Segundo o presidente estadual do PMDB, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, é natural os adjuntos assumirem, mas quanto a isso ainda não há nada definido. Ele diz que após a pré-convenção do partido, marcada para 26 de abril, terá melhores condições para sugerir substitutos, uma vez que neste encontro os pemedebistas decidem se permanecem ou não aliados a Colombo.

– Tudo vai depender muito da decisão do partido. A partir da pré-convenção será construída a decisão de permanecer ou não na coligação. Estamos na expectativa para os próximos dias – disse o vice-governador, se referindo à corrente pemedebista que reivindica candidatura própria ao governo do Estado neste ano.

Na ala do PSD, os secretários Milton Hobus e João Rodrigues já confirmaram saída, além do presidente do Badesc, João Paulo Kleinübing. De acordo com o presidente em exercício do partido em SC, deputado estadual Gelson Merisio, há uma reunião marcada com Colombo para a próxima semana para oficializar a saída dos secretários. A princípio, os pessedistas estão articulando uma saída coletiva para o dia 31 de março, segundo o deputado.

O presidente do PSB no Estado e secretário de Desenvolvimento, Paulo Bornhausen, também diz que irá na próxima semana sentar com o governador para decidir os detalhes de sua saída. Embora a mais cotada para assumir seu posto seja a adjunta, Lucia Dellagnelo, o secretário afirmou que cabe a Colombo essa decisão.

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