O governo federal estima arrecadar cerca de R$ 15 bilhões com a concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG) à iniciativa privada. O anúncio deve ser feito nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. A estatal Infraero, que hoje controla os terminais, ficará com 49% de participação dos empreendimentos.
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Outros terminais podem ser incluídos no pacote. Até esta terça-feira, as privatizações dos aeroportos de Salvador (BA), Recife (PE) e Vitória (ES) não estavam descartadas, mas a tendência é que apenas Galeão e Confins sejam concedidos.
O modelo de privatização será semelhante ao adotado no início do ano, quando foram concedidos os aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF), por R$ 24,5 bilhões. Mas, agora, o governo exigirá que apenas operadoras de aeroportos internacionais que movimentam pelo menos 35 milhões de passageiros por ano participem do leilão.
No pacote, a presidente Dilma também vai anunciar incentivos à aviação regional – estima-se cerca de R$ 6 bilhões em investimentos públicos e privados, nos próximos cinco anos, para levantar terminais novos e reformar antigos. Um dos interesses do governo é incentivar novas companhias regionais, que teriam demanda consistente de passageiros e terminais, e, assim, evitar ações como a da Gol, que, após comprar a Webjet, fechou a empresa, devolveu os aviões e demitiu todos os funcionários.
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