A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e o governo do país estão empenhados em não deixar que Gibraltar, território que geograficamente é de lá, mas que pertence à Grã-Bretanha, seja admitido na Uefa.

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– Gibraltar é uma colônia, e não um estado independente reconhecido pela comunidade internacional. O governo torce para que a hipótese não se confirme – disse Alfred Bosch, porta-voz do poder executivo da Espanha, garantindo que não pretende ver um hipotético jogo oficial entre Gibraltar e a Fúria, e que apoia a RFEF:

– O governo não contempla uma eventual celebração de partidas oficiais entre Espanha e Gibraltar. Não fizemos nenhum recurso em relação a isso, mas damos o respaldo às ações empreendidas pela RFEF para que não seja aceita a candidatura.

Em dezembro do ano passado, a Uefa incluiu a seleção de Gibraltar pela primeira vez no calendário, mas ainda de forma provisória, e apenas para competições de categorias de base.

A definição será conhecida em maio, em uma reunião da entidade europeia. A candidatura precisa ser aprovada pela maioria dos 53 membros da Uefa.

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Gibraltar tem apenas 6,8km², e trata-se de um território ultramarino britânico (assim como Bermudas, Ilhas Cayman, Malvinas, Ilhas Virgens Britânicas e outras) que fica logo abaixo da Espanha e tem cerca de 30 mil habitantes. No futebol, são seis clubes na divisão principal e cerca de 600 jogadores, no total, cadastrados.