O governo de Nicolás Maduro e a oposição realizam nesta sexta-feira (15) uma segunda rodada de negociações em busca de saídas para a crise política e sócio-econômica que castigam a Venezuela.

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Após um primeiro cara a cara nos dias 1 e 2 de dezembro, as partes se encontram na sede da chancelaria dominicana, aonde chegaram as delegações no transcurso da manhã, segundo observou uma equipe da AFP.

“Esperamos que nenhuma das partes se levantem até outros.

As novas tentativas de diálogo sucedem a outras que fracassaram entre 2014 e 2017, por acusações mútuas de descumprimento do acertado.

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Enquanto isso, a crise econômica piora, com uma severa escassez de alimentos e medicamentos e uma inflação que poderia chegar em 2018 a 2.349%, segundo o FMI.

– Nenhum acordo? –

A possibilidade de alcançar os acordos máximos, segundo analistas, parece distante, especialmente os resultados das municipais.

“Uma negociação depende do poder de negociação das partes e o da oposição diminuiu após as municipais”, disse à AFP o analista Luis Vicente León.

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Ao celebrar a vitória, Maduro pediu para se preparar para vencer as presidenciais, previstas para o fim de 2018, e nas quais, segundo seu vice-presidente, Tareck El Aissami, ele tentará a reeleição.

Entre outubro e dezembro, o presidente observou uma alta de sua popularidade de 24,4% a 31,1%, segundo a empresa Venebarómetro.

Comparativamente, a avaliação negativa da MUD aumentou de 46,1% para 65,7%, após falhar em sua tentativa de pressionar a saída de Maduro mediante protestos que deixaram 15 mortos entre abril e julho.

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Analistas asseguram que o chavismo gostaria de aproveitar este impulso para antecipar as presidenciais para o primeiro trimestre.

Colette Capriles considera que a diferença entre esta negociação e as anteriores é “o amplo apoio da comunidade internacional” a eleições sem inclinação do Poder eleitoral.

“A pressão internacional e a que exerce a calamitosa situação econômica e humana em que estamos poderiam ter efeitos, mas pode ser que não se alcance nenhum acordo”, advertiu.

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“Será difícil ver uma eleição competitiva, mas talvez sim a libertação de alguns presos e concessões econômicas”, avaliou León.

* AFP