Foi com batuque ensurdecedor e samba nos pés de passistas acanhadas que o governo do Estado anunciou o repasse para a realização do Carnaval 2015 em 12 cidades de Santa Catarina.
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Dos R$ 7,3 milhões repassados pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (Sol), R$ 3,8 milhões devem ser depositados na conta da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) ainda esta semana. O repasse era aguardado desde dezembro do ano passado, mas foi comemorado pelo presidente da Liesf, Joel da Costa Júnior.
– A comunidade do carnaval está em festa. É um sonho que lutamos há muito tempo. No ano passado as escolas receberam 30 dias depois e, desta vez, podemos contar com os recursos um mês antes. O senhor é um homem de palavra – disse em direção ao secretário da SOL, Filipe Mello.
Com o repasse, cada uma das seis escolas que compõem o Grupo Especial (Protegidos da Princesa, Unidos da Coloninha, Consulado, União da Ilha da Magia, Dascuia e Copa Lord) vão receber R$ 500 mil. Além das agremiações principais, as seis representantes do Grupo de Acesso vão receber R$ 133 mil.
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Ao todo, entre governo do Estado e prefeitura de Florianópolis, os desfiles na Passarela Nego Quirido vão contar com R$ 6,3 milhões de recursos públicos _ o município ainda deve duas parcelas, que já foram garantidas pela Secretaria do Turismo. Entre as outras cidades beneficiada com o restante do dinheiro (R$ 4,5 milhões), estão Joaçaba, São Francisco do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Itá, Bombinhas, Biguaçu, Balneário Arroio do Silva, Santo Amaro da Imperatriz e Porto Belo. De acordo com Mello, o dinheiro virá dos fundos de Cultura e Turismo.
Três turnos e 1700 fantasias pela frente
Crédito: Betina Humeres/Agencia RBS
Foi com alegria que o vice-presidente da GRES Consulado, Gustavo Rabelo, recebeu o anúncio do repasse de R$ 500 mil. O trabalho para confecção de fantasias, por exemplo, só foi iniciado nesta terça-feira na quadra localizada na Caeira do Saco dos Limões.
– Conseguimos crédito para compra de material, mas dificulta a questão da mão de obra. Temos pendências do carnaval passado também. Sem falar que o custo do tecido fica muito mais caro perto da festa – analisou.
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Na quadra da escola, o carnavalesco Ley Vaz coordena em três turnos cerca de 40 pessoas. Em uma linha de produção elas colam, cortam e constroem as fantasias que desfilarão na passarela. O principal obstáculo com a demora no repasse do recurso é o ritmo de trabalho.
– Vamos entregar tudo aos 44 do segundo tempo. Temos que chegar ao máximo – disse ele.
Segundo Rabelo, as fantasias tem um custo médio de R$ 300 e são vendidas, em média, por R$ 180 cada. Ao todo, serão confeccionadas 1700 peças para este carnaval.