O governo do Estado divulgou nota oficial nesta terça-feira sobre a morte da médica Mirella Maccarini Peruchi, que foi assassinada durante uma tentativa de assalto em Criciúma. Leia abaixo:
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O secretário de Segurança Pública, César Grubba, se reuniu, na tarde desta terça-feira, com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, e o chefe da Polícia Civil, delegado Airton Nitz, para determinar a realização de mais operações de combate à criminalidade em Criciúma e região em razão do latrocínio da médica Mirella Maccarini Peruchi, de 35 anos, ocorrido na noite de segunda. O secretário lembrou que o Batalhão da Polícia Militar de Criciúma recebeu, nos últimos dias, 40 novos soldados, formados recentemente.
:: Prefeitura redige carta
O prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, também convocou para esta terça-feira uma reunião para tratar da segurança pública do município, em que participaram representantes das Polícias Civil e Militar, integrantes da Guarda Municipal, Delegacia Regional, membros dos Conselhos de Segurança, além de representantes do Gabinete de Gestão Integrada – GGI. O encontro começou às 16h e terminou por volta das 18h, no Paço Municipal Marcos Rovaris.
Na reunião foi apresentada e discutida uma carta que contém reivindicações sobre segurança no município. O documento deverá ser entregue ao governo do Estado dentro dos próximos dias. Leia abaixo a íntegra:
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CARTA ABERTA DOS CRICIUMENSES
É com muito pesar que recebemos mais uma notícia em que uma cidadã criciumense teve a vida ceifada, por intermédio da ação de marginais, que agem com a certeza da impunidade. A morte de criciumenses, catarinenses e brasileiros já se tornou banal e corriqueiro e isso nos remete a reflexões, que de eventos em eventos são ressuscitados e logo esquecidos.
A segurança é um conjunto de medidas assumidas para proteger-se de quaisquer atos de violência. Ela implica a qualidade ou o estado de estar seguro. Com a seguridade, se tenta evitar as exposições a situações perigosas e a devida atuação para estar protegido diante de situações adversas.
O município de Criciúma e seus moradores estão sendo expostos há muito tempo a uma sensação de insegurança, o que vem deixando todos com a sensação de estarmos nós, pessoas de bem, a margem da sociedade.
Entretanto, precisamos dar um basta e agirmos na direção do planejamento eficaz do combate à banalização da vida, os valores parecem estar sendo perdidos e a vida do outro parece não valer mais nada!
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Tendo em vista os acontecimentos em nossa cidade, e em virtude do não atendimento aos diversos apelos já realizados pelo município e por sua sociedade organizada aos entes superiores responsáveis pela segurança publica de nosso Estado, estas mesmas entidades vem por meio desta CARTA ABERTA, manifestar a sua indignação com os acontecimentos e declarar que não pode mais esperar por respostas e providências prometidas para a solução de problemas que são compromissos garantidos pela CONSTITUIÇÃO FEDERAL, e que é obrigação dos entes superiores do poder publico.
A sociedade criciumense e seu poder publico constituído não estão aqui eximindo-se de suas responsabilidades. No entanto, as solicitações realizadas invariavelmente levam muito tempo para serem atendidas, e quando são, não o são por completo.
Deixamos aqui questionamentos simples:
*Por que é necessária a intervenção da justiça para que se melhorem as condições no Presídio Santa Augusta e na Penitenciária Regional?
*Por que demoram tanto as câmeras de segurança que foram prometidas para o nosso município?
*Solicita-se a melhoria no sistema de Radio Comunicação da Policia Militar;
*Quando serão chamados os policiais civis do concurso recém realizado?
*Precisamos de uma definição quanto ao CASE;
*Sobre a defasagem de efetivo na Polícia Militar, que providências estão sendo tomadas?
*Quais são as políticas públicas catarinenses de curto, médio e longo prazo para a diminuição da violência?
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Precisamos de respostas.
Não podemos mais esperar!