Os professores da rede estadual devem iniciar uma greve a partir da próxima segunda-feira. A decisão foi tomada em uma assembleia geral realizada em Florianópolis na tarde desta terça-feira na presença de cerca de 2.500 pessoas. A medida gerou reação do governo do Estado, que não está disposto a manter o diálogo caso a categoria paralise as atividades. Os professores que não comparecerem às aulas terão o ponto cortado.
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– A partir do momento que a greve inicializa, com a paralisação das atividades nas escolas, o governo não faz negociação. O governo quer a manutenção das atividades nas escolas para voltar à mesa de conversa, de diálogo – afirmou o secretário de educação, Eduardo Deschamps, ao ser informado da decisão dos professores.
O debate entre os professores durou cerca de três horas. Das 30 assembleias regionais, 16 optaram pela greve, 10 acharam melhor aguardar e quatro foram contrárias. O voto final foi dado na Capital, e a maioria decidiu pela greve a partir da semana que vem. Os servidores não concordam com o prazo imposto pelo governo para pagar o reajuste de 22%.
– A categoria já havia decidido em março que se fosse uma proposta que não respeitasse o reajuste e que não respeitasse o prazo de pagamento que era dentro desse ano, não seria aprovada – declarou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin.
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Caso inicie na próxima semana, a greve acontecerá menos de um ano após a maior paralisação do magistério catarinense, quando os professores suspenderam as atividades por 64 dias.