O governo iniciou a semana com reuniões para discutir o ajuste fiscal, com objetivo de começar a votar, ainda nesta semana, o pacote no Congresso. Após um desses encontros, nesta segunda-feira, o ministro da Previdência do Social, Carlos Eduardo Gabas, afirmou que o governo aceita negociar todos os pontos das duas medidas provisórias que alteram as regras de acesso para benefícios trabalhistas e previdenciários. As informações são da Folha de S. Paulo.

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Com isso, o ministro demonstrou que o governo está disposto a ceder às demandas das centrais sindicais e de partidos da própria base aliada, inclusive o PT, para garantir a aprovação do pacote de ajuste fiscal.

– Aceitamos discutir tudo. Fomos convidados para debater as medidas provisórias. Não tem nada definido ainda, não tem nada fechado. Todos os temas são passíveis de modificação, de aperfeiçoamento. (Até a votação no Congresso), tudo é possível. Não temos nada fechado – disse o ministro.

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A reunião da qual participou Gabas foi convocada pelo vice-presidente Michel Temer, responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Participaram do encontro também os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (casa Civil), os líderes do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) e na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o relator da MP 665, que trata do seguro-desemprego, Paulo Rocha (PT-PA).

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Segundo Gabas, o governo quer ver a medida que trata do seguro-desemprego votada até o final do mês:

– A nossa ideia é fazer isso o mais rápido possível. Esperamos que a medida provisória seja no seu conjunto aprovada. Se tiver itens que possam aperfeiçoá-la, nós vamos acatar para que se possa votar a reforma, para que esse ajuste fiscal seja aprovado em seu conjunto.

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Na semana passada, Barbosa já havia sinalizado que o governo aceitaria mudanças nas regras de acesso aos benefícios trabalhistas e previdenciários mas, segundo ele, a margem para alterações era pequena.

O relatório da medida deverá ser apresentado na quarta-feira e a comissão especial deve votá-lo até o fim da semana.

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