O primeiro-ministro designado da Líbia vai propor dentro de 10 dias ao Parlamento um novo governo, depois que a câmara rejeitou uma primeira proposta porque havia muitos ministros.
Continua depois da publicidade
“A pedido do Parlamento, Fayez al Sarraj (premier do governo provisório) vai propor uma composição mais restrita do governo de união nacional”, afirmou à AFP Fathi Ben-Issa, conselheiro do governo.
Ele explicou ainda que o prazo de 10 dias será respeitado.
Na véspera, as esperanças de uma saída para a crise na Líbia foram frustradas mais uma vez com a rejeição do governo de unidade nacional formado há uma semana sob pressão da comunidade internacional.
O Parlamento reconhecido internacionalmente recusou-se a conceder a sua confiança a este governo composto por 32 ministros representando as diferentes regiões do país, mergulhado no caos desde o fim da revolta que derrubou o regime de Muammar Khaddafi no final de 2011.
Continua depois da publicidade
Um voto positivo é crucial para que este governo liderado pelo empresário Fayez el-Sarraj entre em funções. Ele deve representar um passo importante para a implementação do acordo político alcançado em dezembro, em Skhirat (Marrocos), sob a égide das Nações Unidas.
A comunidade internacional deposita suas expectativas neste governo para lutar de modo mais eficaz contra a crescente ameaça do grupo Estado Islâmico (EI), localizado no norte do país, e o fluxo de imigrantes à Europa via Líbia.
Existem atualmente três autoridades de fato na Líbia: o governo reconhecido pela comunidade internacional com sede em Baida e que controla parte do leste; o de “salvação nacional” que administra a capital Trípoli e os das regiões ocidentais, com o apoio de algumas milícias islâmicas.
O poder do governo de unidade nacional é atualmente “virtual”, parcialmente baseado em Túnis e sem recursos. Mas embora não tenha existência legal, seu conselho presidencial assina seus comunicados sob o selo “Estado da Líbia – Governo de União Nacional” e seu primeiro-ministro Sarraj é recebido como tal no exterior.
Continua depois da publicidade
* AFP