As eleições legislativas parciais que acontecem neste sábado em Mianmar representam uma primeira prova de fogo para o governo de Aung San Suu Kyi, que enfrenta dificuldades para impulsionar o país após um ano no poder.

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A euforia gerada em 2015 pela vitória eleitoral deste símbolo da democracia, ex-dissidente e ganhadora do Nobel da Paz foi perdendo força ante um governo que tenta realizar suas reformas.

Embora estejam em jogo apenas 19 cadeiras, que não deveriam colocar em risco a supremacia do partido de Aung Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), a eleição dará uma amostra do sentimento da população em relação ao governo.

O descontentamento é especialmente importante nas regiões habitadas por minorias étnicas, em que muitos consideram que Aung Suu Kyi colabora estreitamente com os militares que dirigiram o país por 50 anos e ainda controlam setores importantes do governo.

Chit Min, morador da periferia de Yangun, declarou à AFP que muitos de seus amigos decidiram não votar. “Mas estou certo de que o NLD voltará a vencer”, assinalou.

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O partido poderia encontrar dificuldades no estado de Shan, norte do país, onde milhares de pessoas fugiram devido ao recrudecimento dos confrontos entre o Exército e os rebeldes de etnias.

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