O governo de Santa Catarina negou, na tarde desta quarta-feira (15), que um motim tenha causado o incêndio que deixou três mortos e 43 feridos na penitenciária de Florianópolis. A informação foi repassada pelo secretário adjunto da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Neuri Mantelli. Uma investigação apura o que teria provocado as chamas dentro de uma das celas do complexo.
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— Não houve qualquer movimento de motim ou rebelião. Ainda não sabemos o motivo do incêndio. Vamos esperar agora o laudo oficial da perícia — afirmou Mantelli.
O interno Robison da Silva, de Ponte Serrada, no Oeste catarinense, é a única vítima catarinense. Danilo Barros (BA) e Jerberson de Souza (CE) também morreram no incêndio. As idades deles não foram divulgadas.
Além dos nomes das vítimas fatais, a lista de detentos que passaram por triagem e foram encaminhados a hospitais da região foi colada no lado de fora do complexo prisional. No local, familiares passaram a tarde em frente à penitenciária aguardando informações.
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O governo de SC ainda disse que unidades de saúde estão atendendo as vítimas que ficaram intoxicadas por conta fumaça.
Incêndio na cela 22
As chamas teriam começado em um colchão na cela 22 da ala de adaptação, onde os detentos mortos estavam, de acordo com o advogado William Shinzato, da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB/SC. Essa é a segunda vez que um incêndio atinge o mesmo setor em cinco anos.
— A penitenciária tem diversas alas e apenas uma única ala foi atingida. Na verdade, apenas uma cela, que foi a cela 22, em que um colchão teria pegado fogo — disse.
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Segundo Shinzato, a ala de adaptação é onde os presos passam por uma a triagem inicial para, posteriormente, serem deslocados ao local definitivo dentro da penitenciária.
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— Então, a princípio seria a destinação. É evidente que a própria penitenciária tem as suas próprias regras que faz o deslocamento para o reeducando ficar lá — complementou Shinzato.
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