Em 2003, o governo estadual lançou as Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR). O intuito era resolver a desigualdade em SC. Quem acompanha o tema, contudo, acredita que as associações de municípios continuaram com a maior fatia de responsabilidade.
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— Por falta de pessoal técnico nas SDRs, o trabalho, muitas vezes, continuou sendo feito pelas associações — diz Maria Teresinha Marcon, doutora em desenvolvimento regional.
Questionado sobre o problema de falta de pessoal qualificado, excesso de cargos comissionados e uso político para distribuição de cargos nas antigas SDRs — que desde dezembro, por decreto, tornaram-se agências regionais — , Luiz Carlos Muir, do Planejamento, afirmou que ¿quanto a isso é preciso que a sociedade cobre mudanças¿.
Ele é quem está à frente do Programa de Redução de Desigualdades Regionais, lançado em maio, também chamado de Crescendo Juntos. A intenção é que o Estado trabalhe com agências regionais e entidades parceiras para desenvolver projetos com foco na vocação de cada lugar.
Não há um orçamento específico para cada região. A liberação de verba vai depender da avaliação de cada projeto. Também não há metas e prazos definidos. Deve ser um trabalho que ultrapassa ciclos eleitorais, como é natural em projetos dessa natureza.
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O primeiro passo será criar uma agenda em torno do tema. Nos próximos meses, uma equipe da secretaria começa a visitar as agências regionais para entender as prioridades locais. A ideia é que grupos de trabalho identifiquem as vocações regionais.
Apesar de o índice de competitividade ter sido trabalhado junto a todas as secretarias, o planejamento optou por utilizar a própria base, o Índice de Renda SC, composto pela renda domiciliar per capita média da população e pelo PIB per capita, evasão populacional e emprego.