O governo do Estado abriu uma sindicância para apurar os relatos de assédio contra o ex-diretor do Procon de Santa Catarina, Roberto Salum, dias antes de o caso ter vindo à tona.
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O procedimento foi aberto na ouvidoria da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio e Serviços. No total, segundo a pasta, 17 denúncias chegaram à ouvidoria e estão sendo analisadas por uma comissão de servidores. As informações da sindicância estão em sigilo.
O prazo de conclusão da sindicância é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. Caso confirmadas as informações, a sindicância dá origem a um processo administrativo disciplinar, que pode resultar em sanções ao ex-diretor.
Como Salum já foi exonerado do cargo após a divulgação das denúncias, uma possível decisão de um processo administrativo disciplinar poderia ser a conversão da exoneração em demissão, uma espécie de penalidade aplicada no serviço público e que também resulta na saída do cargo. Nesse caso, o efeito prático seria deixá-lo impedido de ocupar cargos públicos por até cinco anos, punição que não existe com a exoneração.
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A data da abertura da sindicância não foi informada, mas a assessoria da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços confirmou à reportagem que foi anterior à divulgação das denúncias contra o ex-diretor na imprensa.
Medidas administrativas e investigações
A sindicância e um eventual processo administrativo disciplinar são medidas adotadas no âmbito administrativo, para averiguar as denúncias e definir possíveis punições ao ex-diretor no serviço público.
Em paralelo a isso, o caso também segue sendo investigado pela Polícia Civil. Dois inquéritos já foram abertos para apurar os fatos, um na 1ª Delegacia de Polícia da Capital e outro na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) da Capital.
Duas mulheres acusam Salum de assédio sexual no período em que ele ocupava o cargo de diretor do Procon de Santa Catarina. Os procedimentos policiais devem ser concluídos em 30 dias, a partir das datas de abertura.
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Na quarta-feira (3), Salum publicou um vídeo se manifestando sobre a investigação. Ele afirmou estar sofrendo represálias e sustentou que tudo não passa de armação para desviar o foco de um suposto desvio milionário que ele teria descoberto.
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