Os médicos que atendem nos hospitais públicos do Estado estão adiantando uma discussão que pode gerar conflito em janeiro de 2014. No último ano, a categoria não teve reajuste salarial anual e encaminhou no dia 17 de dezembro um ofício ao governador pedindo explicações sobre a situação do próximo ano.
Continua depois da publicidade
O Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemesc) alega que há uma legislação – Lei 15.695, de 21 de dezembro de 2011 – que prevê revisão da remuneração em janeiro. No entanto, o Governo afirma que em acordo com os médicos ficou acertado que o reajuste seria a gratificação por produtividade – a ser implantada com o Plano de Gestão da Saúde.
O diretor de gestão e desenvolvimento de pessoas da secretaria de Estado de Administração, Luiz Dacol, explica que quando o Plano da Saúde estiver em vigor e os profissionais receberem a gratificação por produtividade o valor irá superar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2013 e 2014.
Mas o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) e coordenador do Cosemesc, Cyro Soncini, afirma que não houve esse tipo de acordo. Pare ele, os dois assunto são distintos e o reajuste é previsto em lei.
Continua depois da publicidade
De acordo com Renato Castro, superintendente de hospitais públicos do Estado, durante todo o ano de 2013 em nenhum momentos as discussões com o Cosemesc foram relacionadas ao reajuste. Nos acordo, o conselho apoiou a decisão do governo de incluir a gratificação e ajudou na elaboração das metas globais que serão publicadas em decreto de regulamenta outra lei, do Palano da Saúde. Como o decreto ainda não foi publicado, a gratificação por produtividade ainda não está em prática. Deve iniciar no ano que vem.
– Depois da publicação, vou aos hospitais para locação de metas para cada profissional e levar o termo de adesão. Eles não são obrigados a assinar, mas também não vão ganhar. Pretendemos aumentar em 50% a produtividade nos hospital em seis meses – revela Castro.
Soncini diz que não houve discussão sobre o reajuste e que a categoria apenas falou sobre o assunto em ofício encaminhado no dia da posse da secretária de Estado da Saúde, Tânia Eberhardt. O documento afirmava que a o governo não havia cumprido a revisão em 2013. O médico explica que a lei autoriza o Governo a não pagar o reajuste caso não haja orçamento previsto. Essa seria a justificativa.
Continua depois da publicidade
-Dessa vez não encaminhamos para a secretária, mas para o governador. Vamos aguardar janeiro e ver qual será a resposta. Em fevereiro vamos em todos os hospitais públicos conversar com os médicos e ver o que vamos fazer – afirma Soncini.