O porta-voz do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Ahmad Fawzi, disse nesta terça-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, aceitou o plano que determina um cessar-fogo na região e a adoção de um corredor humanitário para ajuda às vítimas. De acordo com Fawzi, Assad também admitiu a possibilidade de iniciar o diálogo para encerrar o impasse na área.

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No começo deste mês, o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, propôs o fim dos combates, a autorização para a ajuda humanitária e início de um processo político. Na ocasião, Assad disse ser impossível dialogar com a oposição a quem chama de terroristas.

Ahmad Fawzi disse que o governo sírio respondeu nesta terça-feira por escrito e concordou com os seis pontos, aprovados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo ele, Annan elogiou a iniciativa e prevê avanços nas negociações. O enviado foi à Rússia pedir apoio nas conversas com a Síria e nesta terça-feira está na China.

– Annan vê isso como um primeiro passo importante que pode acabar com a violência e o derramamento de sangue, proporcionando alívio para o sofrimento e criando um ambiente propício para o diálogo político, atendendo às legítimas aspirações do povo sírio – disse o porta-voz.

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(Foto: Lintao Zhang,Pool, AFP)

Ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan se encontrou com o premiê chinês, Wen Jiabao, em Pequim. Foto: Lintao Zhang,Pool, AFP

A onda de violência na Síria completou neste mês um ano. A estimativa é que mais de 8 mil pessoas morreram nos últimos 12 meses. Há relatos de torturas, prisões indevidas, agressões contra crianças e mulheres, além dos assassinatos. O governo nega a participação nos crimes.