O governo da Colômbia e a guerrilha ELN retomam nesta segunda-feira em Havana o último ciclo de diálogos sob a gestão do presidente Juan Manuel Santos, com dificuldades para um cessar-fogo e sem garantias para os compromissos, denunciou o grupo insurgente.
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Segundo um comunicado do Exército de Libertação Nacional (ELN), a delegação do governo não garante a “reciprocidade das duas partes no cumprimento dos acordos” e tampouco “a execução das transformações propostas no processo e acordadas na Mesa”.
A última guerrilha ativa da Colômbia afirmou que “persistem divergências que impedem assinar um novo acordo de cessar-fogo bilateral”.
Cada ciclo de conversação com o governo durou cinco semanas, o que neste caso coincidirá com o fim do governo de Santos e o início do mandato, em 7 de agosto, do direitista Iván Duque, um crítico das negociações.
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Duque, herdeiro político do ex-presidente Álvaro Uribe, pede concentração com a verificação internacional da guerrilha e que esta interrompa suas “atividades criminais” para manter as conversas de paz.
Embora se declare a favor da reinserção social dos membros do ELN, considera que seus líderes devem ser penalizados judicialmente e não aceita que estes entrem para a vida política sem que antes cumpram uma pena mínima de prisão.
Também defende a revisão do acordo que desmobilizou e transformou em partido político a guerrilha das Farc em 2016, também negociado em Havana.
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* AFP