Encurralado por uma folha de pagamento que não para de crescer e uma receita que custa a dar sinais de reação, o governo do Estado busca caminhos para ajustar as contas públicas e tirar o caixa do sufoco Para especialistas ouvidos pelo Diário Catarinense, faltam planejamento estratégico e eficiência nos gastos.
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A opinião é compartilhada também por integrantes do próprio governo, que já começou a fazer a lição de casa, economizando mais de R$ 100 milhões em 2012. Desde que assumiu o cargo, Raimundo Colombo (PSD) vem batendo na tecla das contas.
Mas o que acendeu a luz vermelha e soou o alarme foi o gasto com folha de pagamento em dezembro passado, que ficou a apenas 0,1 ponto percentual de alcançar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que pode impor a Santa Catarina uma série de limitações orçamentárias.
O corte de gastos vem sendo perseguido, especialmente depois que o secretário de Administração, Derly Anunciação, implantou o modelo de gestão em abril de 2012. Na época, a meta do secretário era economizar R$ 100 milhões em um ano. De abril de 2012 a janeiro de 2013, Derly garante que ultrapassou esse valor. Cita como exemplo o controle com aditivos em contratos. Até abril de 2012, segundo o governo, a média mensal de aditivos era de R$ 42 milhões.
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Em sete meses do modelo de gestão, foram R$ 45 milhões em aditivos, baixando a média mensal para R$ 6,4 milhões. Professora de Economia e Finanças da Udesc, Ivoneti da Silva Ramos defende ações pontuais e cirúrgicas para melhorar os gastos do governo.
– É possível economizar em agulhas.Quando o volume de compra é grande, o resultado da economia aos cofres públicos é considerável. Manutenção é um item que tem um gasto considerável – considera a professora.