Ao visitar a área alagada pelo rompimento de uma adutora nesta terça-feira, 30, no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral disse aos moradores que todos os prejuízos materiais serão ressarcidos, e as casas, reconstruídas.
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Até a conclusão dessas obras, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) pagará hospedagem, alimentação e remédios para as famílias que ficaram sem casa, garantiu Cabral, que foi a Campo Grande junto com o prefeito Eduardo Paes.
A água não entrou na casa de Sônia dos Santos da Silva, de 53 anos, mas a família teve a pior perda, com a morte da neta, Isabela Severo da Silva. Sônia disse que Rebeca, mãe de Isabela, está em estado de choque. Depois de passar pelo Hospital Estadual Rocha Faria, os pais da menina foram ao Instituto Médico-Legal para a liberação do corpo.
– Isabela era muito alegre e tranquila. Ontem (29) mesmo, estava aqui brincando na rua, vestida de noivinha-, lembrou Sônia, que mora a poucas ruas da casa da neta.
Vizinho da família de Isabela, o vigilante Mário Jorge da Paixão disse que estava em casa quando ouviu um barulho muito alto.
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– Fui até o muro para ver, e a casa estava cheia de água. Tentei pegar Isabela pelo muro, mas ela estava agarrada em um pedaço de madeira, e a mãe não conseguia chegar até ela. Uma parte do muro estourou, e eu tive que ir pegar os meus filhos – afirmou Paixão.
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Outra moradora atingida pela força da água, Iranilde Pereira da Silva, viveu história parecida. Ela ficou mais de quatro horas ilhada e foi retirada da casa de um vizinho com auxílio de um bote salva-vidas.
– Primeiro, eu achei que era chuva no telhado, mas era muito forte. Empurrava a porta de uma forma que eu não conseguia abrir. Quando consegui, a água me carregou para a rua e o muro caiu. É maravilhoso estar viva – , desabafou Iranilde.