Governo carioca comemora chegada de militares para as eleições do Rio de Janeiro

Nesta segunda-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que é bem-vinda a chegada das tropas federais ao estado para garantir a tranquilidade nas eleições do próximo dia 7. Ele destacou que qualquer tipo de ajuda do governo federal que se some às ações da Secretaria de Segurança Pública é bem recebida.

Cerca de 200 homens da Marinha ocuparam às 14 horas desta segunda-feira a favela Fogo Cruzado, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio.

– Eu acho que o estágio em que nós chegamos na segurança pública no Rio é reconhecido por todos, mas tudo que venha para ajudar ao processo democrático, a transparência, a fortalecer a democracia, a liberdade de ir e vir e do direito do voto, acho maravilhoso. Então, acho que a vinda das Forças Armadas para colaborar com o pleito democrático e garantir a escolha da população a seus candidatos é maravilhosamente bem-vinda – disse.

De hoje até a próxima segunda-feira, cerca de três mil homens da Marinha e do Exército ficarão responsáveis pelo esquema de segurança das eleições municipais no Rio. Eles vão atuar em diversas comunidades não pacificadas, dominadas pelo tráfico de drogas ou milicianos, como o Complexo da Maré, na zona norte, e a Vila Kennedy, na zona oeste.

Log após a chega dos militares, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio iniciaram uma operação para retirar placas de propaganda eleitoral afixadas irregularmente em fachadas de residências, muros e estabelecimentos comerciais no interior da comunidade.

Eles contam com o auxílio de um caminhão-baú da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) para depositar o material apreendido. A operação está sendo acompanhada pessoalmente pelo presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter.

– Todos os candidatos flagrados com propaganda irregular serão alvo de processo no tribunal e podem ser condenados a pagamento de multa – afirmou Zveiter.

Apesar da redução da taxa de homicídios no estado, Cabral ressaltou a necessidade das unidades policiais de pacificação chegarem a todas as comunidades.

– Os saldos são muito bons. Estamos entre as [capitais] com menor taxa de homicídios. Temos ainda um desafio muito grande com comunidades para serem pacificadas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, as milícias com muita coragem e com grandes resultados.