O governo do Reino Unido considera “decepcionante” o corte de produção aprovado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), afirmou nesta sexta o secretário de Estado britânico de Energia, Mike O’Brien:
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– É uma decisão decepcionante, embora pareça destinada a frear a queda dos preços (do petróleo) mais do que a aumentá-los – assinalou O’Brien.
O responsável governamental manifestou sua esperança em que a medida da Opep “não seja utilizada como desculpa” pelas empresas energéticas para aumentar os preços. Segundo o secretário de Estado, o barateamento do “ouro negro” durante as últimas semanas “foi algo que podia ajudar à economia”.
Em reunião de emergência realizada hoje em Viena, a Opep decidiu reduzir sua cota de produção de petróleo em 1,5 milhão de barris diários (mbd) a partir de 1º de novembro, até 27,3 mbd. O cartel reagiu dessa maneira à queda dos preços do petróleo, que caíram quase 60% desde julho, em conseqüência da crise financeira.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, já disse, há uma semana, que seria “escandaloso” a Opep reduzir sua produção, advertindo que um aumento dos preços do petróleo prejudicaria a já cambaleante economia mundial.
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A organização petrolífera tomou a decisão em um momento em que alguns dos maiores consumidores de petróleo se encontram à beira da recessão. Assim, a economia britânica se dirige à recessão depois que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido registrou no terceiro trimestre do ano sua primeira queda em 16 anos, segundo os dados divulgados hoje pelo Escritório Nacional de Estatística.
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