O governo brasileiro reforçou recomendações às equipes de saúde encarregadas de atender passageiros que apresentaram durante a viagem ao Brasil problemas como febre, diarreias ou hemorragias.

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A medida, na avaliação do Ministério da Saúde, é suficiente para identificar de forma rápida casos de uma eventual contaminação por ebola em viajantes – vírus que de acordo com a Organização Mundial da Saúde é responsável por epidemia que até agora atingiu 1,3 mil pessoas e provocou 729 mortes na África Ocidental.

Ações mais drásticas, como a suspensão de voos, não estão sendo analisadas. Pela rotina, a tripulação é orientada a encaminhar a agentes sanitários instalados em portos e aeroportos brasileiros pessoas que apresentem sintomas de doenças cuja causa não é identificada. Depois do desembarque, o viajante é encaminhado para uma área remota e, então, é avaliada por profissionais de saúde.

– A atenção é praxe, e é dada para sintomas de voos procedentes de todos os locais, não apenas de regiões africanas – afirmou o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

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Nesta quinta-feira, 31, a Organização Mundial de Saúde anunciou um plano de resposta ao surto que prevê US$ 100 milhões. O governo brasileiro deverá enviar na próxima semana 10 kits para Libéria e Serra Leoa com itens usados em catástrofes. No início do mês, um conjunto com mesmos produtos foi encaminhado para Guiné. Cada kit é suficiente para atender necessidades de 500 pessoas, por três meses.

OMS alerta que ebola avança mais rápido que esforços para controlá-lo

A epidemia do ebola, que afeta oficialmente três países africanos, está se acelerando e pode se propagar sem controle, o que provocaria perdas humanas catastróficas, advertiu nesta sexta-feira a diretora da OMS, Margaret Chan.

A resposta à epidemia foi infelizmente inadequada e, como consequência, o vírus “está se movimentando mais rápido que nossos esforços para controlá-lo”, disse Chan aos líderes de Guiné, Serra Leoa e Libéria durante uma cúpula regional.

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Os líderes chegaram à capital da Guiné, Conakry, para organizar a mobilização de centenas de médicos extras como parte de uma ajuda de emergência avaliada em mais de 100 milhões de dólares da OMS.

A epidemia deixou até o momento mais de 700 mortos.

* Estadão Conteúdo e AFP