Após a fuga para a Europa de Henrique Pizzolato, técnicos da área internacional do Ministério da Justiça começam nesta segunda-feira a traçar uma estratégia para pedir formalmente à Itália a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil.
Continua depois da publicidade
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento com o escândalo do mensalão, informa o jornal O Estado de S.Paulo, em sua edição desta segunda-feira.
Saiba mais:
> STF manda prender 12 réus condenados pelo mensalão
> Acesse o infográfico sobre o caso do mensalão
Continua depois da publicidade
> Acesse a capa de notícias sobre o julgamento
Pizzolato teria deixado o Brasil há 45 dias. Numa carta divulgada no fim de semana, ele disse que o julgamento teve “nítido caráter de exceção”. Além do Ministério da Justiça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que é o encarregado da acusação no processo do mensalão, deverá encaminhar nesta segunda um pedido de providências ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Pizzolato.
No Ministério da Justiça, o caso será analisado pela equipe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional. A tarefa é considerada árdua e de difícil solução. O principal obstáculo é o fato de Pizzolato ter cidadania italiana. A Itália não costuma extraditar seus nacionais. No Brasil, há proibição constitucional de extradição nesse caso.
Outro empecilho, de ordem diplomática, decorre da decisão tomada pelo governo federal, em 2009, de não entregar para a Itália Cesare Battisti, ativista de extrema esquerda que integrou o movimento Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), na década de 70. Battisti foi condenado na Itália à pena de prisão perpétua em processos nos quais foi acusado de envolvimento em quatro assassinatos que foram considerados crime comuns.
Veja quem são os 12 réus que tiveram prisão decretada
Veja a linha do tempo do julgamento do mensalão: