O Ministério da Saúde tentou mudar o padrão no processo de entrega de vacinas contra a Covid-19 aos estados e indicou que deixaria doses pediátricas na metade do caminho. O comando provocou confusão em algumas cidades.
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Em nota, o órgão admitiu que a superintendências do ministério foram mobilizadas para o transporte e isso “acarretou um desencontro”.
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As vacinas para crianças estão sendo entregues por uma empresa recém-contratada e com pouca experiência na logística de imunizantes, chamada de IBL. Estados, inclusive, relataram que doses chegaram com atraso ou em condições inadequadas de armazenamento e transporte.
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Gestores do ministério informaram aos estados que caberia às secretarias de saúde prosseguir com a logística das doses até as redes de frios locais. O aviso dado pela pasta contraria a prática adotada até então: a empresa que habitualmente transporta as vacinas tem a atribuição de concluir o deslocamento das doses dos aeroportos aos centros de armazenamento nas capitais, até pela necessidade de tratamento especial dos imunizantes.
– A pasta ressalta que a orientação para as entregas dos imunizantes é a de praxe: a empresa contratada faz o transporte – disse o ministério.
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– As vacinas chegam em Viracopos [aeroporto em Campinas] e são encaminhadas até o centro de distribuição em Guarulhos [aeroporto em São Paulo]. Lá são armazenadas e inicia-se o processo de preparação da carga para que a empresa envie às secretarias, até cada secretaria de Saúde – afirmou a empresa em nota.
A IBL ganhou dois contratos no fim de dezembro, no valor de R$ 62,2 milhões, para armazenar e distribuir a vacina da Pfizer destinada à imunização de crianças e adolescentes. Os contratos foram assinados pelo general Ridauto Lúcio Fernandes, diretor do Departamento de Logística em Saúde (DLOG) da pasta.
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Além da dispensa de licitação, condições especiais foram estabelecidas na contratação: o prazo dos contratos poderá ser estendido de um para cinco anos, apesar do caráter de urgência, e a IBL ganhou 60 dias para que fizesse ajustes necessários à execução dos serviços, prazo que a empresa disse não ter sido necessário.
No entanto, o início da distribuição das doses pediátricas foi marcado por grandes problemas em várias regiões do país. Doses foram recebidas nos estados em condições inadequadas de armazenagem. Voos atrasaram, o que retardou o início da imunização, e em alguns aeroportos, não havia equipes da IBL para recepcionar e direcionar as vacinas aos destinos finais.
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