Se tudo ocorrer como planejado, no dia 11 de maio devem começar as obras de dragagem em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. A data será marcada pela assinatura da ordem de serviço e o governo do Estado espera que as máquinas já estejam no local quando esse aval no papel sair. O serviço será realizado em três rios diferentes e promete amenizar os estragos provocados pelas enchentes.

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O Consórcio Rio do Sul venceu a disputa para executar as obras pelo valor R$ 16,2 milhões — praticamente metade do preço solicitado na primeira tentativa de contratação.

A dragagem será feita em 3 quilômetros do Rio Itajaí do Oeste, 4,5 quilômetros do Itajaí-Açu e 700 metros no Itajaí do Sul, todos em Rio do Sul. O cronograma ainda não está definido, mas o trabalho deve ocorrer em um rio por vez, sempre debaixo para cima, cita o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza.

Essa é a primeira ação do Programa Proteção Levada a Sério, a ser lançado em Santa Catarina. Por causa do avançar dos processos de contratação, o segundo passo deve ser a execução das minibarragens de Mirim Doce e Petrolândia. O governo do Estado não descarta a possibilidade de antes disso também conseguir assinar ordem de serviço para dragagem 3 quilômetros do Rio Itajaí do Oeste, em Taió.

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Em entrevista à NSC janeiro deste ano, o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, disse que a última vez que o leito do Rio Itajaí-Açu e os afluentes passou por uma grande “limpeza” foi após as enchentes de 1983 e 1984. A ideia é que agora esse trabalho inicie pelo Alto Vale e vá até a foz.

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A dragagem consiste na retirada de material do fundo dos rios, desde rochas até troncos de árvores e lixo acumulados durante inundações. Essa obra aumenta a capacidade de escoamento dos rios, o que reduz o risco de transbordamentos e inundações. Ainda assim, caso uma enchente ocorra, a água tende a escoar mais rápido em direção ao mar. Isso diminui o tempo de duração do alagamento.

No ano passado, Rio do Sul sofreu com sete enchentes. Em uma delas, o nível da água alcançou 13,04 metros. Várias famílias tiveram as casas tomadas pelas águas e precisaram se acolher em abrigos.

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