Na tentativa de acelerar a construção e concessão de rodovias e ferrovias anunciadas no último dia 15 de agosto, o governo foi nesta terça-feira ao Tribunal de Contas da União (TCU) apresentar os projetos aos ministros. Para a tarefa, o governo enviou a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.
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– Foi uma exposição ao TCU detalhando o plano de concessões. Afinal de contas, o tribunal vai acompanhar o processo e é importante que as dúvidas sejam tiradas e que ele acompanhe de fato – afirmou Gleisi. Segundo ela, a maior parte das dúvidas dos ministros do TCU se referiu ao modelo de concessão de ferrovias. – É um modelo diferenciado e que obviamente vai gerar uma dedicação maior do tribunal e também dos nossos estudos.
A ministra não fez críticas ao TCU, órgão que precisa aprovar os modelos apresentados antes que o governo possa conceder os projetos.
– Nós expusemos os prazos, falamos o quanto eles são importantes para nós entregarmos esse resultado à população e ao país. O TCU tem sempre colaborado conosco, tem sempre se esmerado muito para nos ajudar e obviamente vai fazer o trabalho dele – afirmou ela.
O presidente do TCU, Benjamin Zymler, cobrou boa qualidade nos projetos apresentados pelo governo.
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– O TCU colocou as suas demandas, basicamente a necessidade de bons projetos, para que a nossa análise possa ser feita da melhor forma possível e no tempo correto.
O modelo de construção e concessão das ferrovias deve ser acompanhado de perto pelo tribunal, afirmou o ministro.
– Isso é algo totalmente novo que precisa ser bem detalhado, bem estudado, e o tribunal deve aprender e eventualmente sugerir e recomendar de forma que possa fazer um aperfeiçoamento do modelo.
Zymler negou que o órgão seja responsável por atrasos na construção e concessão de empreendimentos de infraestrutura no país.
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– Eu acho que isso é algo superado. O tribunal tem atuado de forma muito rápida na análise das diversões concessões hidrelétricas, trem de alta velocidade, nas concessões aeroportuárias, e o governo sabe do nosso esforço para realizar a análise das licitações, dos estudos, no menor tempo possível – afirmou.