O governo adotou uma solução temporária para bancar as despesas bilionárias com o programa de desconto da conta de luz. Decreto publicado nesta sexta-feira permite que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pague as despesas das distribuidoras com a compra de energia no mercado de curto prazo, usando R$ 1,2 bilhão em recursos do Tesouro Nacional.

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Cresce o risco de racionamento de energia no país

O documento, no entanto, não faz menção às despesas geradas pela energia produzida nas usinas térmicas, mais caras que as hidrelétricas. Dessa forma, ainda persiste a possibilidade de que a conta das termelétricas sobre para o consumidor, via reajustes tarifários. Os Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia informaram que a CDE vai repassar R$ 1,2 bilhão às distribuidoras. Mas fontes do setor informaram que a despesa total, incluindo as térmicas, era de R$ 1,8 bilhão.

O decreto também afirma que será pago apenas o gasto com a compra de energia no curto prazo relativo ao mês de janeiro. No ano passado, o governo assumiu a despesa do ano todo.

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Com esse decreto, o governo ganha mais tempo para encontrar uma solução definitiva. “No momento”, enfatizou uma fonte, a decisão é que o setor elétrico assuma o restante da despesa. O governo também aposta no período de chuva, que pode recompor os reservatórios das hidrelétricas.