A Polícia Federal foi acionada para investigar uma possível onda criminosa que tenha causado os incêndios registrados nos últimos dias em São Paulo. O órgão foi acionado pelo governo federal neste domingo (25), após mais de 20 cidades paulistas registrarem focos de queimadas e mais de 40 decretarem alerta máximo com a possível aproximação das chamas. A fumaça chegou a se espalhar até mesmo em Brasília e cidades de estados como Minas Gerais e Goiás.
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considerou atípico o número de incêndios registrados em São Paulo e confirmou o acionamento da PF para investir a possível origem criminosa dos incêndios.
Marina chegou a comparar o registrado neste domingo com o “Dia do Fogo”, movimento orquestrado que causou queimadas criminosas em agosto de 2019. Na ocasião, mais de 470 propriedades rurais foram incendiadas.
— Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo — afirmou.
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Ao lado da ministra, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a abertura de dois inquéritos para apurar os incêndios registrados em São Paulo. Além disso, ele lembrou a existência de 31 inquéritos para apurar condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20 relacionadas ao Pantanal.
A fumaça gerada pelas chamas nas cidades do interior de São Paulo e em outras regiões tem sido levada pelo vento para regiões centrais do país. Brasília, por exemplo, teve vários bairros encobertos pela fumaça neste domingo (25). O fenômeno também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo Horizonte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar.
Veja fotos do combate aos incêndios
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