O especialista em estratégia Gary Hammel, autor do bestseller Competindo pelo Futuro, faz ao mundo uma recomendação: montar uma estratégia para quebrar as velhas estruturas empresariais com intuito de sobreviver no futuro. Na verdade, o todo, o governo é uma empresa de vulto, uma vez que se subordina às regras de boa gestão.

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Assim, em face da ideia de Gary, propõe-se uma revolução governamental nos três níveis de poder, mediante a hospitalidade para com os revolucionários. Construído o cenário, destacam- se 10 recomendações que enumero a seguir.

1) O planejamento estratégico não é estratégico, é elitista, utiliza pequena parte do potencial criativo da organização governamental.

2) A criação da estratégia deve ser subversiva – a Linha Maginot, entre França e Alemanha, era inexpugnável, mas os alemães a contornaram e, em oito semanas, estavam em Paris.

3) O gargalo fica na parte superior da garrafa: a pirâmide organizacional governamental é de experiência, mas não pode ser tirana, irrelevante e perigosa.

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4) Existem revolucionários em todas as organizações governamentais: encarar o governo como uma união de competências essenciais.

5) A mudança não é o problema, o engajamento, sim: os revolucionários devem se envolver em um diálogo sobre o futuro.

6) A elaboração da estratégia deve ser democrática: as pessoas devem ter voz ativa sobre seu destino, influenciando e orientando o governo.

7) Qualquer um pode ser ativista de estratégias e proteger o governo da mediocridade, do egoísmo e da veneração insensata do passado.

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8) O novo ponto de vista vale 50 pontos de QI: sem novas luzes, não pode haver revolução. O que se vê do alto é diferente da planície.

9) Nem de cima para baixo, nem de baixo para cima: a unidade sem diversidade leva ao dogma, já a diversidade sem unidade resulta em planos concorrentes e diluição de recursos.

10) Do começo, não se consegue ver o fim: mergulhar nas descontinuidades e competências, encorajando as pessoas a romperem com as convenções do setor.

Dado o panorama, entende-se que o governo, mais do que tudo, tem precisão urgente por estratégias revolucionárias para não ficar recitando um estoque de frases estrangeiras mal digeridas, até porque o mundo é um unum, totum, quantum, sistema e psychicum.

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