Durante o terceiro e último bloco do painel RBS sobre segurança pública em Santa Catarina, realizado nos estúdios da TVCOM em Florianópolis nesta segunda-feira, o governador Raimundo Colombo comentou as medidas tomadas para combater a onda de ataques que atinge o Estado desde o fim de janeiro. Ao fim do programa, Colombo afirmou que Santa Catarina continua sendo o estado mais seguro do país.
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Para o governador, as medidas voltadas para a segurança pública em Santa Catarina devem ser contínuas e de longo prazo.
– A tendência, quando acontece uma crise, é parar tudo e considerar errado o que foi feito antes. Não acho que deve ser assim. Vínhamos com um trabalho de qualidade e vamos continuar com medidas de longo prazo – defendeu o governador.
Colombo disse ainda que vai manter o gabinete de crise em atividade e garantiu que a polícia catarinense é capaz de manter a paz no Estado depois da saída da Força Nacional. O governador classificou a utilização de ferramentas tecnógicas, como câmeras e radares, como muito eficaz no controle da violência. Segundo ele, mais de mil câmeras foram instaladas nos últimos dois anos pelo Estado.
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Colombo destacou o papel do poder judiciário na autorização da transferência de detentos para presídios federais e na ordem de prisão de autores dos crimes, e elogiou a integração de forças da Polícia Federal, Polícia Militar, PRF, e Exército durante o último mês.
Para lidar com os problemas no sistema penitenciário catarinense, o governador apontou o afastamento de agentes penitenciários, principalmente no caso das denúncias de maus tratos no presídio regional de Joinville, como uma medida muito importante. A criação de novas vagas e contrução de mais presídios também foram colocadas como essenciais.
Quando perguntado sobre qual modelo de presídio considera mais eficiente, Colombo indicou a penitenciária industrial de Joinville.
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– O custo inicial é mais alto, mas tem melhores resultados – comentou o governador.
Ele ainda citou o modelo de contrato, segundo ele exclusivo de Santa Catarina, em que as empresas privadas que atuam em penitenciárias garantem o vínculo empregatício de detentos por um ano após sua saída do cárcere.
Sobre o tratamento de menores criminosos, Raimundo Colombo admitiu que o Estado precisa avançar e acelerar o trabalho. Ele destacou a necessidade de se lidar com o problema das drogas, um dos grandes males da atualidade no Brasil e em Santa Catarina, em sua opinião.
– Precisamos ter planos para a nossa juventude. Nunca fui a favor da prisão de menores, mas acho que alguma coisa deve ser feita para evitar a cooptação desses jovens para o crime.
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