O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), se manifestou através de uma nota oficial nesta quinta-feira (17) à noite após a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment contra ele e a vice-governadora. Moisés lamentou a decisão dos deputados da Assembleia Legislativa de SC (Alesc) e disse que “permanece confiante na Justiça”.

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Com placar de 33 votos favoráveis e apenas seis contrários, os deputados votaram para que o processo de impeachment continue tramitando. Na próxima etapa, que ocorrerá em uma comissão mista envolvendo deputados e representantes do Tribunal de Justiça de SC, Moisés e a vice Daniela Reinehr podem ser afastados do governo temporariamente.

Com o título “Crença na Justiça”, a nota de Moisés fala que “a pressa com a qual o presidente do Parlamento estadual levou o tema a plenário revela tão somente os interesses políticos daqueles que buscam o poder para fins pessoais e não respeitam o voto dos catarinenses, atentando contra a democracia”.

Pensando na próxima etapa, o governador diz que acredita “no discernimento dos desembargadores e deputados”, e que “a ação se baseia em um frágil argumento que não tem justa causa legal e tampouco apresenta qualquer irregularidade praticada pelo governador”.

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Por fim, Moisés afirma que “apesar dos ataques e das tentativas de desestabilização, o governador se mantém firme na missão de gerir o Executivo estadual para o bem dos catarinenses”.

O pedido de impedimento acusa o governador e a vice de crime de responsabilidade por fazer uma equiparação salarial de procuradores do Estado à mesma faixa salarial dos procuradores da Alesc. Durante a votação, no entanto, a maioria dos deputados levantou outros motivos para a decisão, como a falta de comunicação entre o governo e a Alesc e o caso dos respiradores que custaram R$ 33 milhões.

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Segundo o autor do pedido de impeachment, Ralf Zimmer Junior, o reajuste dos procuradores seria ilegal e também não poderia ter sido feito por decisão administrativa, como ocorreu, mas somente por projeto de lei. A alegação é de que isso teria representado prejuízo mensal de cerca de R$ 700 mil ao Estado nos meses em que ficou em vigor, entre outubro de 2019 e maio de 2020.

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