O governador do Estado, Raimundo Colombo (PSD) recebeu autoridades regionais do Norte de Santa Catarina na manhã desta segunda-feira no lançamento do novo reservatório de água de Araquari. O reservatório é o pontapé de um pacote de obras em sistemas de água e esgoto, num aporte total de R$ 26,2 milhões em saneamento para o município.

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Na cerimônia, que aconteceu na manhã desta segunda-feira no Instituto Federal Catarinense (IFC), também foram assinadas as ordens de serviço de mais duas obras de abastecimento de água para a cidade, que juntas devem completar um total de 34% de cobertura completa de coleta e tratamento de esgotos em Araquari.

– É uma obra que resolve o problema histórico de falta de água em Araquari, especialmente nesta região que faz divisa com Joinville. Resultado sem dúvidas de um trabalho conjunto eficiente das administrações municipal e estadual – explicou o governador.

O novo reservatório faz parte de um projeto mais moderno que não envolve o tradicional processo de construção e é feito em menos tempo. Em operação desde agosto, o tanque feito em aço vitrificado foi adquirido pelo órgão e é um dos mais modernos de Santa Catarina porque a tecnologia permite montagem rápida e possui maio durabilidade. Fabricado na Áustria, dará mais segurança ao abastecimento de cinco mil ligações domiciliares principalmente durante o verão.

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– O reservatório é feito de Aço Vitrificado, é uma estrutura pronta e pré-fabricada, que diminui o tempo de instalação. Além de visualmente mais bonito, o modelo é muito mais seguro e de manutenção mais barata. Vem para atender uma demanda gigantesca que afeta milhares de pessoas durante o verão – explicou o presidente da Casan, Valter Gallina.

As duas obras que também foram lançadas na cerimônia completam o pacote. Uma delas será edificada no Centro de Araquari, com capacidade para tratar 12 litros por segundo. A outra será construída também no bairro Itinga, com vazão de 30 litros por segundo. Na sequência, Colombo lançou um edital para licitar o sistema de esgotamento sanitário da região central no o valor de R$ 5,4 milhões.

Para o Itinga, a rede terá aporte de R$ 10 milhões. Com os investimentos, a expectativa é de que Araquari passe a ter 34% da cidade com cobertura de coleta e tratamento sanitário. Todo o investimento no sistema de esgotamento do município totaliza R$ 23,8 milhões com recursos viabilizados por meio do PAC 2, com financiamento da Caixa Econômica Federal e contrapartida de 21% da Casan.

Moradores cobram conclusão das obras

Acompanhando de perto o lançamento do novo reservatório, moradores da comunidade Santa Mônica, no bairro Itinga, não esconderam que apesar do alívio que o projeto do governo trouxe para a falta de água, um problema paralelo surgiu na região: a não conclusão das obras feitas pela administração municipal de Araquari.

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Moradora da rua Santa Fé, endereço do novo reservatório, Lucinéia Ferreira viu o investimento que os moradores da região fizeram há pouco mais de cinco anos de transformar em caos com a chegada do projeto de abastecimento.

– Quando nosso problema era a falta de água, cada morador desembolsou R$ 2,500 para pagar o calçamento da rua. Agora o problema da água se resolveu, mas é só chover que a casa da gente é invadida pelo barro que ficou para trás depois das obras do reservatório – explicou a moradora.

Um dos bairros mais populosos de Araquari, com cerca de cinco mil pessoas, e o maior colégio eleitoral da cidade, o Santa Mônica tinham problemas com o abastecimento de água desde o final dos anos 90, quando o bairro começou a crescer rapidamente. Segundo Lucinéia, as vantagens do projeto do reservatório são inegáveis. O que incomoda é a falta de conclusão das obras.

– Isso aqui é um morro. Se as ruas ficarem assim, abertas do jeito que estão, toda vez que chover o barro vai invadir o terreno da gente. É um trecho pequeno, de um quarteirão ao redor do reservatório. Não é tão difícil assim de solucionar – desabafou Lucinéia.

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Segundo o prefeito de Araquari, João Pedro Woitexem, já existe um planejamento da administração municipal para solucionar o problema das obras sem conclusão da Casan.

– A companhia tem sido um excelente parceiro da Prefeitura nos últimos anos, mas a gente sabe que existe um histórico de obras que não foram concluídas. A Casan precisa licitar, tem uma burocracia grande, mas necessária. A partir de outubro a ideia é firmar uma nova parceria com eles para que, mediante o repasse de verbas, a prefeitura se responsabilize por finalizar o que ficou pendente – disse Woitexem.

O governador se reuniu ainda durante a manhã em Joinville com a secretária de Desenvolvimento Regional, Simone Schramm, e o prefeito Udo Dohler para entregar a ordem de serviço para o início das obras do viaduto da avenida Santos Dumont com a rua Tuiuti.