As comunidades que vivem próximas à SC-401 na entrada de Canasvieiras, no Norte da Ilha, estão otimistas esta semana, após o anúncio de que o governador Raimundo Colombo autorizou a construção da tão reivindicada passarela para pedestres no local.
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O anúncio foi feito após encaminhamento do presidente do Deinfra, Wanderley Teodoro Agostini, que esteve reunido com engenheiros e líderes comunitários no local onde deverá ser feita a passarela, bem em frente ao acesso ao Terminal de Canasvieiras (Tican).
Deinfra tem projeto para o local
O engenheiro do Deinfra, Cléo Quaresma, informa que ainda não se pode estimar o prazo de conclusão da obra, mas o comprometimento do governo do Estado a arcar com os custos necessários foi um passo importante.
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– Já existe um projeto para a construção da passarela desde o ano passado, mas é preciso garantir que ele esteja dentro da nova legislação, para que se possa orçá-lo e licitá-lo – explica o engenheiro.
O líder comunitário e presidente da Associação dos Moradores da Rua Papaquara, Marcelésio da Silva, que esteve reunido com a presidência do Deinfra, afirma que o projeto apresentado atende às reivindicações e necessidades da comunidade.
– Agora esperamos que seja feita com a urgência necessária para que mais vidas não sejam perdidas – declarou.
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Da Silva destaca a importância de se manter o padrão de inclinação da passarela adequado para cadeirantes, pois há três que atravessam a rodovia diariamente, sendo que dois não têm ajuda na travessia. Além disso, segundo ele, há muitas mães com carrinhos de bebês transitando pelo local.
Trecho já registra duas mortes em 2015
Foram pelo menos oito mortes entre 2014 e 2015, na memória do líder comunitário. O trecho da rodovia que dá acesso às praias de Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava é um local crítico, com mais de mil travessias por dia, feitas toda de maneira arriscada, entre os carros que transitam – ou deveriam transitar – a 80 km/h.
Nas proximidades do local há uma Unidade de Pronto Atendimento, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Terminal de Canasvieiras, entre outros estabelecimentos que tornam intensa a movimentação de pedestres e ciclistas, as principais vítimas dos acidentes registrados.
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– Há escolas e creches na área, além da movimentação de alunos para os pontos de ônibus. Por isso a importância de terminar a obra antes do início das aulas, para que as crianças não se arrisquem atravessando a pista – complementa da Silva.
Este ano foram duas mortes em janeiro e, em 2014, a última foi de uma menor grávida, em outubro. O fato desencadeou protestos semanais da comunidade, que fechavam as pistas da SC-401 pedindo mais segurança no local.
A primeira resposta foi a intensificação da sinalização do local, com placas indicando a velocidade permitida e redutores de velocidade no asfalto, após a morte da menor. As medidas, segundo o líder comunitário, não surtiram efeito. A prova disso seriam as duas mortes já registradas após as mudanças, em um intervalo de um mês.
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