Ainda com entraves a serem vencidos, como desapropriações, projeto de elevados e contratação de empresa para fiscalizar as obras, a autorização para duplicar a avenida Santos Dumont, na zona Norte de Joinville, foi assinada nesta terça-feira, pelo governador Raimundo Colombo, e outras autoridades.

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O início da terraplanagem e asfaltamento ainda dependem da solução desses entraves e de etapas como topografia e limpeza de áreas. Com a duplicação, a avenida terá três pistas de cada lado, ciclovia, calçadas e corredor de ônibus nas pistas centrais, junto aos canteiros que irão dividir a via. Na maioria dos cruzamentos, haverá rotatórias. As exceções são os encontros da avenida com as ruas Tuiuti e Arno Döhler, onde serão feitos elevados.

A cerimônia da autorização, no pátio de uma concessionária, ontem, virou palanque ao reunir deputados estaduais e quase todos os vereadores ao lado de Colombo, do senador Luiz Henrique da Silveira, do secretário de Estado de Infraestrutura Valdir Cobalchini e do prefeito Udo Döhler, entre outras autoridades.

Os discursos foram marcados por manifestações de urgência para que a obra não se arraste. O governador pediu agilidade a representantes da empreiteira Infrasul, que executará a obra, e disse que a ACIJ teve papel fundamental nas cobranças para que a duplicação se tornasse realidade do ano passado para cá.

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– Esse investimento é uma foram de fazer justiça ao que Joinville significa para o Estado -, declarou.

O secretário Cobalchini reforçou pedidos de rapidez e disse que vêm trabalhando junto das secretarias municipais de Infraestrutura e de Desenvolvimento Econômico para que os entraves sejam resolvidos. Até ontem, havia 19 terrenos doados, totalizando cerca de 30 áreas (algumas já são do município) onde os trabalhos podem começar. Na quinta-feira, Cobalchini volta à cidade para conversas técnicas com a empreiteira e Prefeitura sobre a Santos Dumont e para tratar de obras paradas, como o binário do Vila Nova e a rodovia Rio do Morro.

A duplicação vai custar R$ 47,9 milhões, com recursos do Pacto por SC, financiamento bilionário do Estado junto ao BNDES. O prazo é execução é de dois anos. Na cerimônia, também foi lançada licitação para os projetos dos elevados da Tuiuti e Arno Döhler. O custo deles é de R$ 28 milhões (pode mudar após o projeto). A meta é que o projeto fique pronto em três ou quatro meses.

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Desabafo sobre os atentados

O governador aproveitou para fazer um desabafo sobre segurança pública em seu discurso da duplicação. Usou a cerimônia em Joinville para revelar que se sentiu pressionado e angustiado por não poder dar detalhes da operação conjunta com a Força Nacional de Segurança em prisões e transferências de líderes de presos.

– O silêncio fez muita gente bater no governo, nos chamar de fracos -, disse, admitindo desgaste com as cobranças.

Segundo ele, o silêncio foi necessário para garantir a segurança das operações. Colombo usou a situação para agradecer o senador Luiz Henrique por ter sido um interlocutor e “amigo” durante a elaboração do plano de transferências de presos.

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