Você começou a desenhar muito cedo. Hoje, que evolução vê nas suas criações? Guilherme Torres – Nas minhas criações sempre tive a preocupação com a atemporalidade. Trabalhando nesta área procuro me despir de modismos e lembrar que as coisas vão ficar. Vejo algumas obras antigas que fiz na arquitetura e não as faria novamente, mas mesmo assim olho o que fiz e sinto orgulho. Por que não faria? Porque aprendi, desenvolvi novas técnicas. Faz parte do repertório do arquiteto ter obsessão por certas linhas, traços. Com o tempo a gente aprende a se refinar, mas não foge da natureza fundamental de onde começou a trabalhar. Todos os meus trabalhos têm o mesmo fio condutor.
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Qual a sua linha condutora?
Torres – Continuidade espacial. Procuro o máximo possível transformar tudo em espaços mais homogêneos, com materiais mais homogêneos, para se formar uma base limpa e começar a atuar.

