Os militares investigados pela Polícia Federal por tentativa de golpe com planos de assassinato e sequestro do então presidente eleito Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chegaram a ir às ruas para tentar colocar em prática uma suposta operação para sequestrar Moraes. O caso teria ocorrido em dezembro de 2022 e foi abortado após o adiamento de um julgamento em andamento naquela data na Suprema Corte. As informações são do portal g1.

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Segundo os investigadores da PF, no dia 15 de dezembro de 2022 o grupo estaria posicionado na rua para possivelmente sequestrar Moraes. A polícia teve acesso a mensagens trocadas em um grupo de um aplicativo criado pelos golpistas, chamado “Copa 2022”. O nome fazia alusão à Copa do Mundo de futebol, que estava em disputa naquele mês, e os apelidos adotados pelos integrantes do grupo fazia alusão aos países que disputavam a competição.

Por volta das 20h30min, uma pessoa identificada com o codinome “Brasil” informou que estava posicionado em um estacionamento em frente a um restaurante de Brasília. Na sequência, um usuário associado ao apelido ‘Gana’ afirma que também já se encontrava no local combinado: ‘Tô na posição’. Depois disso, ainda segundo a PF, outro interlocutor identificado pelo apelido ‘Brasil’ responde: ‘Ok’.

Ainda conforme a PF, por um motivo ainda não esclarecido os golpistas desistiram da operação depois que o STF decidiu adiar o julgamento que estava em pauta naquele dia no plenário.

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Golpistas conversaram sobre plano em grupo “Copa 2022” de aplicativo de mensagens (Foto: PF, Reprodução)

A informação foi enviada no grupo Copa 2022. Depois de um integrante identificado pelo codinome “Áustria” afirmar que estava “chegando” e perguntar qual a posição de outro membro, “Gana”, um terceiro participante do grupo, identificado pelo nome de usuário “teixeiralafaiete230” compartilhou um print de uma notícia do portal Metrópoles que informava o adiamento da votação em discussão no STF (o caso abordava a legalidade ou não do chamado “orçamento secreto”). Após essa mensagem, o mesmo usuário dá o comando para o grupo desistir do plano:

“Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda…”, escreveu, segundo o relatório da Polícia Federal.

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