Dois casos onde criminosos se passaram por delegados foram registrados nesta semana em Criciúma, no Sul do Estado. Nas ocorrências, os golpistas pedem dinheiro em troca da retirada de uma suposta denúncia no nome da vítima.
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As imagens e nomes dos delegados Vitor Bianco Júnior e Márcio Campos Neves foram utilizadas para aplicar os golpes. Em um dos áudios enviados às vítimas, o golpista diz ser da 7ª Delegacia de Polícia Civil, que não existe em Criciúma.
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“Boa tarde. Me chamo Márcio Campos, sou delegado aqui da 7ª DP de Criciúma. Tudo certo? Eu preciso que o senhor entre em contato comigo urgente, pois tem uma denúncia em seu nome aqui na delegacia. E eu necessito do seu esclarecimento. Então, por gentileza, me ligue urgente”, diz o golpista em áudio.
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Segundo o delegado Vitor Bianco Júnior, os criminosos entram em contato com as vítimas informando que teriam recebido denúncia de alguma prática criminosa por parte delas e, para não instaurar procedimento, pedem dinheiro. Prints e áudio foram enviados à Polícia Civil, que agora analisa os casos.
— Em casos como esse, a nossa orientação é que vá até uma delegacia de polícia, ou através da delegacia virtual, para registrar um boletim de ocorrência — explica Bianco.
Entenda o golpe
A prática é associada, muitas vezes, ao “sextorsion”. Conforme o delegado Márcio Campos Neves, da 2ª Delegacia de Polícia de Criciúma, o criminoso primeiro se passa por uma adolescente para trocar imagens íntimas com a vítima.
— No dia seguinte, o golpista entra em contato se passando por delegado dizendo que, pra não seguir com a denúncia, tem que dar dinheiro. Que é ‘caso de pedofilia’. Muitas vítimas têm caído nisso — esclarece Neves.
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