Um golpe envolvendo falsos precatórios foi o foco de uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina que terminou com a prisão de duas pessoas no Rio de Janeiro. Além disso, outros dez mandados de busca e apreensão, e três de prisão preventiva foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (12) no Ceará. Conforma as investigações, as vítimas tiveram um prejuízo de mais de R$ 3 milhões.
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De acordo com a polícia, a investigação teve início há oito meses. Após entrarem em contato com as vítimas, os investigados se passavam por advogados de grandes escritórios de advocacia e por magistrados catarinenses. Eles diziam que as pessoas tinham valores de precatórios a receber, e, para isso, era necessária a antecipação de valores para pagamento de taxas e emolumentos.
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Ainda segundo a investigação, os documentos utilizados no golpe continham o símbolo do Poder Judiciário catarinense e informações de processos reais. Além de Santa Catarina, o grupo também teria feito vítimas em outros estados.
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— O núcleo começou a investigação analisando os IPs das máquinas até que com muita segurança identificou a autoria por parte desses agentes — pontua o desembargador Sidney Dalabrida, coordenador do Núcleo de Segurança Institucional do TJSC.
Nesta quarta-feira, a polícia cumpriu dez mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva no Ceará, nas cidades de Pacatuba, Maracanaú e Cascavel. Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva na terça-feira (11) na capital do Rio de Janeiro.
Ainda segundo o desembargador, a investigação agora buscará identificar outras vítimas com base no que foi apreendido na operação desta quarta.
Batizada de Operação Alvará Fake, a ação foi coordenada pela Delegacia de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de SC (DEIC) em conjunto com o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), e com apoio das polícias civis do Rio de Janeiro e Ceará.
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