Determinados a evitar o grande momento do Clássico de Capital. Denis e Aranha serão os protetores da meta alvinegra e azurra, respectivamente. O duelo entre Figueirense e Avaí coloca dois goleiros experientes frente a frente, ainda que separados pelo gramado do Orlando Scarpelli e outros 20 jogadores. Será o primeiro confronto entre eles em Florianópolis. No entanto o jogo pela 13ª rodada do Campeonato Catarinense 2018 tem o sabor de reencontro para os dois.

Continua depois da publicidade

Motivo de satisfação mútua porque o futebol dá a chance de lembrarem o início das carreiras. Eles trabalharam juntos nos últimos anos de formação e nos primeiros como profissionais na Ponte Preta. Um sentou no banco enquanto o outro estava em ação. Assim foi até 2008, quando Denis começou a trajetória de quase uma década no São Paulo e Aranha deixou o time da Campinas para ir ao Atlético-MG, Santos, Palmeiras, Joinville e voltar à Ponte. Uma amizade que sobrevive aos jogos em que são rivais.

— Joguei quatro anos com o Aranha na Ponte Preta e temos uma relação de amizade até hoje. Agora estamos em lados opostos, cada um vai olhar para os seus interesses, mas esse respeito e carinho que temos um pelo outro segue o mesmo, sempre — garante o goleiro do Figueira.

— Não há tanta proximidade porque ele ficou em São Paulo e eu fui para Belo Horizonte e depois para Santos. Ficamos um pouco distantes. Mas encontrei com ele em campo pelos clubes que passei. Sempre que a gente se encontra assim é uma comemoração, de certa forma, porque é sinal de que nossa carreira progrediu — dimensiona o arqueiro do Leão.

Continua depois da publicidade

Ambos foram talhados por Carlos, goleiro da Seleção Brasileira por quase duas décadas. Depois, cresceram na carreira em diferentes clubes. Chegaram aos times de Florianópolis pela experiência nos últimos 10 anos e vão trabalhar para que suas torcidas não lamentem pela rede balançada.

FICHA TÉCNICA

FIGUEIRENSE: Denis; Samuel, Nogueira, Cleberson e Lazaroni; Zé Antônio, Betinho, Felipe Amorim, Jorge Henrique e João Paulo; André Luís. Técnico: Milton Cruz.

AVAÍ: Aranha; Guga, Alemão, Betão e João Paulo; Judson, Luan e André Moritz; Maurinho, Romulo e Luanzinho. Técnico: Claudinei Oliveira.

Continua depois da publicidade

ARBITRAGEM: Ramon Abatti Abel, auxiliado por Kleber Lúcio Gil e Alex dos Santos.

DATA E HORA: às 17h deste domingo.

LOCAL: Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

(Foto: Cristiano Estrela / Diário Catarinense)

Denis: “Estamos focados e unidos como no primeiro jogo”

A que fatores credita o sucesso tão rápido com a camisa do Figueira?

Fico muito feliz pelo bom desempenho que estou conseguindo desde que cheguei. O clube tem a tradição de ter grandes goleiros, de destacar eles para o cenário nacional, então, conseguir superar o início de alguns deles é algo que me dá certeza de que estou trilhando um bom caminho. Naturalmente, tenho me esforçado para fazer minha parte individual, mas o trabalho em equipe sempre será a base de tudo. Também ajuda muito você chegar em um lugar novo e ser recebido da maneira que fui, ver que havia confiança depositada em mim, foi algo que me incentivou demais a corresponder.

Apesar do pouco tempo na cidade e no clube, dá para sentir a diferença do clássico para os demais jogos no Catarinense?

Continua depois da publicidade

Clássico é sempre um jogo diferente, seja onde for. Já sabia e já pude vivenciar que a rivalidade aqui é muito grande, mas é algo que estou bem acostumado pelo tempo que defendi o São Paulo. Vai ser um jogo difícil, mas vamos fazer de tudo para dar a felicidade da vitória ao nosso torcedor.

Depois de mais de um turno inteiro sem perder, como você sente o momento do Figueirense para o reencontro com o Avaí?

Acho que o nosso segredo é que a equipe tem se preparado com a mesma preocupação e dedicação em todas as partidas. A gente sabe que temos que pensar jogo a jogo, em dar o máximo visando o presente para facilitar o futuro. Estamos todos focados e unidos como no primeiro jogo da temporada.

Continua depois da publicidade

Aranha: “Já participei de grandes clássicos e este será mais um”

Como têm sido e o que representam para vocês estes primeiros jogos com a camisa do Avaí?

É um momento difícil, porque sei do tamanho da expectativa que foi gerada pelo meu nome. Tenho que representar bem o clube. Mas estou feliz por ter estreado com vitória, o que é um bom começo.

As suas atuações até agora ajudam a espantar qualquer desconfiança sobre um atleta de 37 anos.

Sempre vai haver isso, com qualquer um. Tem gente que até hoje desconfia de Neymar, do Pelé, e por que não vão desconfiar do Aranha, que tem uma carreira muito menor? Temos que lidar com isso com tranquilidade. Procuro desenvolver meu trabalho seriamente, com honestidade, para colher frutos.

O que a larga experiência na carreira te dá para o primeiro clássico em Florianópolis?

Não tenho garantia de sucesso, mas dá mais tranquilidade do que se eu não tivesse participado de grandes jogos antes. Já participei de grandes clássicos e este será mais um na minha carreira, que felizmente tenho a oportunidade de estar presente.

Continua depois da publicidade

Pessoalmente, é uma satisfação enfrentar um ex-companheiro de time no início da carreira?

Certamente. O mercado é concorrido, e é difícil se manter em alto nível. Tanto ele quanto eu teremos a oportunidade de jogar por boas equipes. Enfrentar-nos em um clássico é muito bom.

Confira a tabela do Catarinense 2018

Leia mais notícias sobre o Catarinense 2018