Pelo oitavo ano consecutivo a escalação do time da Chapecoense para o Campeonato Catarinense começa com um nome: Nivaldo. A longevidade do goleiro, que em março completa 40 anos, surpreende o próprio jogador.
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Após uma campanha medíocre no estadual de 2006, o clube foi buscar o então goleiro do Esportivo. Naquele mesmo ano, ele conquistaria a Copa Santa Catarina e no ano seguinte a Chapecoense voltaria a conquistar um título estadual, depois de onze anos.
O goleiro ganhou uma faixa no Condá: “Nivaldo Eterno”. Em oito anos, o camisa 1 ajudou a levar a Chapecoense da Série D para à A, sendo titular em todos os acessos. Ele só não foi titular quando esteve lesionado e na campanha do tetracampeonato em 2011, pois quando voltou de lesão Rodolpho estava em bom momento e deixou o ídolo da Chapecoense no banco. Mas mesmo naquele ano, Nivaldo jogou a primeira partida.
O goleiro já completou 262 jogos defendendo a meta do Verdão. Se for contar amistosos, o número já beira os 300. Nivaldo, junto com Nenén, pode se tornar o primeiro jogador a disputar todas as séries do Brasileiro pelo mesmo time. Em entrevista ao Diário Catarinense o goleiro afirmou que pretende encerrar a carreira no final do ano, mantendo o time na Série A. Confira:
Diário Catarinense – Como você está encarando essa marca de disputar o oitavo Catarinense seguido pela Chapecoense?
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Nivaldo – Acho que é uma marca difícil de acontecer com outro jogador. Há algum tempo eu já vinha pensando em parar. Mas fiz bons campeonatos nos últimos anos e agora tenho esse desafio de disputar uma Série A pela primeira vez. Fica sempre a esperança de fazer um bom campeonato catarinense de novo, como no ano passado.
DC – A Chapecoense normalmente disputava o campeonato não como uma das favoritas, mas como um clube que corria por fora. Agora, mesmo com o investimento sendo menor, a Chapecoense entra com um status de Série A. O que muda?
Nivaldo – Para o torcedor muda e a gente espera um pouco mais de cobrança. Eles vão cobrar mais. O medo, medo não, receio, é que eles pensem que por estar na Série A, a gente tenha o mesmo desempenho que teve no ano passado. A expectativa é fazer uma campanha boa, primeiro pensando no Estadual.
DC – A defesa, que foi a melhor da Série C 2012, melhor do Catarinense 2013 e segunda melhor da Série B do ano passado, praticamente foi mantida. Essa é a vantagem da Chapecoense?
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Nivaldo – O setor praticamente não mexeu e isso é bom. Mas às vezes muda um ou dois no time e faz diferença.
DC – Para você que já é um expert em Catarinenses, como tem que jogar a competição?
Nivaldo – Neste ano o campeonato é mais difícil. Não sei como aceitaram essa fórmula. Se arrancar mal não tem chance de classificar. É importante classificar entre os quatro senão vai ter que brigar para não ser rebaixado. A Chapecoense tem que jogar como sempre jogou. Tem que ser time pequeno sem a bola e time grande com a posse de bola. E o Catarinense sempre é bom porque não é só Avaí e Figueirense que disputam o título, como é a dupla Gre-Nal no Rio Grande do Sul. Aqui praticamente todos têm chance de chegar na final.
DC – Você já conquistou quatro acessos nacionais, dois estaduais e uma Copa SC. O que você ainda quer conquistar na Chapecoense?
Nivaldo – Sempre quis parar deixando a Chapecoense na Série B. Agora conseguimos deixar a Chapecoense na Série A, mais do que eu pensava. Pretendo jogar até o final do ano, fazer um bom estadual e manter a Chapecoense na Série A. Quero olhar para trás e dizer que deixei o clube numa posição bem melhor do que quando cheguei, com a Chapecoense na Série A 2015.
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DC – Você vai se aposentar no final do ano?
Nivaldo – Por mim vou disputar só mais esse ano.