Nivaaaallldo! Há três anos os narradores de Santa Catarina gritam este nome nas partidas da Chapecoense. O goleiro, natural de Torres, e que começou a carreira no Araranguá, pode se tornar, neste domingo, ao lado de William Amaral, o primeiro bicampeão catarinense pela Chapecoense titular nas duas competições.

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Para isto basta que não tome gol na Ressacada. A tarefa parece simples, mas Nivaldo sabe que não é. Tanto que elogia a qualidade dos jogadores do Avaí.

– Falando assim até parece que é simples. Mas a gente sabe que não é. Como tem 90 minutos ou mais a gente só vai saber se essa vantagem valeu dentro da Ressacada. Essa vantagem só vai ser boa a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Claro que eu queria ganhar o jogo do Avaí em casa. Mas ganhando o primeiro jogo parece que a responsabilidade aumenta. Nós não podemos jogar 90 minutos retrancados. Por melhor que seja a defesa. Temos que jogar de igual para igual.

Mesmo assim, o goleiro quer cada vez mais gravar seu nome na história do clube, onde já atuou cerca de 100 partidas. Em três anos só ficou foram em seis jogos. Com este currículo, ninguém melhor para analisar o que vem pela frente:

– O ponto forte é a união. Nós ficamos muitas vezes no fio da navalha – explica o goleiro

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– Perdíamos fora e ganhávamos em casa. Depois tivemos que buscar a classificação fora para o quadrangular e para a final. Lá (na Ressacada) vai ser uma pressão total. Vai ser uma guerra. Os caras são bons. Mas essa pressão pode virar para o nosso lado. Por isso temos que continuar com essa união.

Nivaldo é o jogador mais identificado com o clube e a torcida. Nos jogos no Índio Condá torcedores colocam uma faixa escrita “Nivaldo Eterno”. Ele analisou a final e sua identificação com o clube.

– Faz três anos que estou aqui e chegar duas vezes na final do campeonato catarinense é um grande feito. Principalmente por um clube do interior, que tem menos investimento. Todos esses anos que joguei no interior do Rio Grande do Sul, nunca tinha chegado à final de um Estadual. E aqui em Santa Catarina também têm adversários difíceis, como Avaí, Figueirense e Criciúma. Será um feito bem grande se conseguir ganhar novamente.

No início do campeonato o goleiro teve uma lesão, ficou fora de algumas partidas e não voltou no mesmo ritmo. No final do returno, no quadrangular e na fase final voltou a se destacar sendo escolhido várias vezes o melhor da rodada.

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– Foi uma recuperação de todos. No primeiro turno tivemos altos e baixos. A partir do segundo turno os laterais, meias, atacantes e a defesa foram melhorando também. Só que é de suma importância não errar agora. A responsabilidade aumenta. Vamos trabalhar o máximo para que tudo dê certo.