O futebol é um ambiente feito de frases marcadas, e uma muito conhecida é que todo bom goleiro precisa de um pouco de sorte. E foi com uma dose de sorte, e muita competência, que o goleiro Gustavo assumiu a posição de titular da equipe do Figueirense, campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2008.
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Recém-contratado do Campinas-SP por empréstimo, o goleiro teve pouco tempo para conhecer o novo clube e os companheiros.
O titular da posição era Geziel, mas antes do início da competição júnior ele teve uma lesão. O técnico Rogério Micale então testou Gustavo em amistosos e antes do início do campeonato conversou com a promessa e deu confiança para o jogador.
– Durantes os amistosos antes da competição o Micale falou: “Essa é a tua oportunidade”. Eu agarrei e não soltei – conta.
Gustavo deixou o Figueirense, rodou o Brasil. Atualmente está no Mirassol, onde vai disputar o Paulistão. Seu contrato vai até o fim do Estadual e ele não esconde que alimenta o sonho de voltar a vestir as cores do Furacão, clube que aprendeu a gostar.
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Com 23 anos, o goleiro tem a mesma idade de Wilson quando chegou no Orlando Scarpelli. Ainda é jovem para assumir a posição como titular, mas na memória do torcedor o crédito conquistado como o goleiro menos vazado da Copa São Paulo em 2008, com três gols sofridos, ainda está alto.
No Mirassol, a tendência é que Gustavo seja reserva de Diego, que disputou a Série B pelo Avaí, porém o último ano foi de muita experiência para o goleiro. Emprestado para o Remo, de Belém do Pará, o jogador foi titular do Leão Azul na Série D.
– Foi muito bom, nós sempre jogávamos com estádio lotados. Era normal ter no mínimo 40 mil pessoas – lembra.
? Leia entrevista com o goleiro Gustavo
Diário Catarinense – Como foi sua experiência na Copa São Paulo?
Gustavo – Para mim foi uma experiência muito gratificante, porque eu saí de um time pequeno que era o Campinas (no interior de São Paulo) e cheguei em um time de grande como o Figueirense e logo de início pude jogar a Copa São Paulo.
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DC – Por que você deixou o Figueirense?
Gustavo – Eu estava emprestado ao Figueirense e na hora de renovar acabou não dando certo e a Ponte Preta queria me comprar e assim foi. O meu contrato com a Ponte Preta terminou em dezembro de 2012 e acabei acertando com o Mirassol-SP, onde vou disputar o Paulistão.
DC – Após a Copinha você foi integrado no grupo profissional do Figueirense, isso te prejudicou?
Gustavo – Para mim foi muito bom, pela experiência. Além de treinar com o Peçanha (na época preparador de goleiros), que é um cara muito bom. Eu ainda tinha a chance de jogar pelo júnior e alguns jogos fiquei na reserva do Wilson. Fui campeão catarinense, porque estava no elenco.
DC – E como era a sua relação com o Wilson?
Gustavo – A minha relação com ele era ótima. Um amigo, um excelente profissional e que sempre me deu dicas. Aprendi muito com ele.
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DC – Você pensa em voltar para o Figueirense?
Gustavo – Eu sempre converso com a minha esposa que tenho um carinho especial pelo Figueirense. Eu tenho o sonho de defender essa camisa novamente. Eu tenho uma história boa dentro do clube, campeão estadual e da Copinha e isso contribui para o desejo de voltar.