Ele já fez gol de cabeça, de cavadinha, de perna direita e, no jogo contra o Atlético-GO, de perna esquerda e de joelho. Tem gente dizendo que a fase é tão boa que se ele se virar de costas para o gol, a bola bate nele e entra. Bruno Rangel é o artilheiro da Série B com 15 gols em 12 jogos. Com os três que marcou no Catarinense e mais dois em amistosos, já soma 20.
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Confira o jogo minuto a minuto a partir das 16h
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Aos 31 anos, Rangel tem recebido sondagens de outros clubes, mas espera continuar na Chapecoense e se tornar o maior artilheiro da história do clube. Nessa semana ele encontrou com Índio, atacante que foi ídolo na década de 90, que conta ter 62 gols pela Chapecoense.
Índio foi vice campeão catarinense pelo Verdão em 1995 e campeão em 1996, ano em que foi vice-artilheiro com 10 gols. Jogou também em 1997 e entre 2000 e 2001. Ele disse estar torcendo por Rangel, pois, se o atacante marcar muitos gols, vai lhe fazer feliz como torcedor da Chapecoense.
O maior empecilho que ele vê é o assédio de outros times, que podem tirar o artilheiro do Verdão. Rangel disse que pretende se espelhar no maior artilheiro da Chape para chegar aos 62 gols.
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O atacante negocia com a direção do clube uma ampliação de contrato, com valorização salarial. Rangel afirmou que está bem em Chapecó, cidade tranquila para viver com a esposa Girlene e a filha Bárbara, de seis anos. Elas têm sido as homenageadas em seus gols. E não tem faltado homenagem.
Confira a seguir a entrevista que Rangel deu ao Diário Catarinense, em seu apartamento, onde tem até churrasqueira. Um aviso: Rangel garante que é melhor jogador do que churrasqueiro.
Diário Catarinense – Quem é Bruno Rangel, artilheiro da Série B?
Rangel – Sou um cara bem tranquilo, pacato, um cara que gosta de sair com a família. Quando estou de folga estamos sempre juntos.
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DC – O que você gosta de fazer, ouvir, comer?
Rangel – Nas terças e quintas vou a cultos evangélicos. Na segunda-feira também tem uma reunião dos atletas evangélicos, com o Athos. Gosto de ouvir músicas evangélicas. Também gosto de sair, comer uma pizza, levar minha filha para o shopping. Em casa a gente brinca de pique-esconde. Quando chego ela se esconde e tenho que procurá-la.
DC – Está adaptado a Chapecó?
Rangel – Quando vinha jogar aqui achava a cidade estranha, pois ficava longe de tudo. Mas agora estou feliz aqui. Quando a gente está feliz no trabalho, tudo vai bem. Nosso grupo é muito unido, o pessoal brinca no vestiário, o clima é muito bom.
DC – Como está a repercussão da artilharia?
Rangel – Na rua o pessoal me para, me agradece, dá os parabéns. Também estou dando várias entrevistas. A milha família, em Campos dos Goytacazes, também acompanha e torce bastante. Sempre falo com minha mãe, Maria, que está com 79 anos, e ela chora de emoção. É que eu sou o caçula.
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DC – Bem diferente do estadual, quando você era reserva e não aparecia muito. Você até comentou que foi conversar com o técnico Dal Pozzo sobre sua situação…
Rangel – Fui conversar com ele. Pensei até em sair. Mas aí ele me disse que era para esperar minha oportunidade. Ela surgiu e estou aproveitando.
DC – Seu aproveitamento está muito bom, com média superior a um gol por jogo. A que você atribui isso?
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Rangel – Trabalho e tranquilidade na hora da finalização. No segundo gol contra o Sport, a bola bateu nas minhas pernas e nisso o Magrão saiu fechando o ângulo. Tive tranquilidade para dar a cavadinha e fazer o gol.
DC – A Chapecoense iniciou a competição com um discurso de não cair, mas, pelo que vem jogando, já dá para dizer que é candidata ao acesso para a Série A, concorda?
Rangel – Pelo que a gente vem jogando é candidato, sim. No começo o nosso discurso era de não cair, pois era o primeiro ano na Série B. A gente vai brigar por uma vaga e pelo título. Se não vier acho que o torcedor já vai reconhecer nosso trabalho.
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DC – Como está o assédio de outro clubes?
Rangel – Começaram já na parada da Copa da Confederações. Tive uma proposta da Série A (Ponte Preta), mas o clube achou baixa e não me liberou. Mas não me abalo com isso. Tenho contrato até novembro. Claro que se chegar uma proposta muito boa não posso ser hipócrita de dizer que não vou estudar. Mas estou feliz na Chapecoense.
DC – Mas você está buscando uma valorização?
Rangel – Estamos conversando com a diretoria. Minha intenção é permanecer por aqui um bom tempo e ser o maior artilheiro da história do clube.