Ivan se transformou no primeiro goleiro que marcou um gol com a camisa do Joinville. Aconteceu na quarta-feira, na vitória por 5 a 0 sobre o Marcílio Dias. Mas até Ivan cobrar o pênalti aos 26 minutos do segundo tempo, nada foi fácil.
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Quando Adailton foi derrubado na área, Ivan ouviu a Arena inteira gritar seu nome. Discretamente, fez um sinal de negativo com a mão esquerda. Sabia que do outro lado estava um companheiro de profissão. O JEC vencia por 3 a 0 e podia parecer provocação ao goleiro do Marcílio, Gilberto.
Mas o pedido da torcida não silenciava, Lima ofereceu a bola à muralha tricolor, Artur Neto deixou e ele foi. Ivan caminhou de uma área a outra o que, para ele, foi uma imensidão. “Fiquei pensando o quanto foi difícil chegar até este momento.”
Mineiro da pequena cidade de Espinosa, Ivan lembrou da infância cortando cana e engraxando sapatos. Não foi fácil virar um profissional do futebol. Após receber a bola das mão de Lima, conversou com Gilberto. Disse que tem treinado muito cobranças de pênaltis e que não estava ali para sacanear ninguém. “Se o jogo estivesse 0 a 0 eu também bateria”, explicou Ivan.
O goleiro do JEC esbanjou categoria e tirou onda nas entrevistas. “Pelo tanto de gols que faço no rachão, estão falando que estou fazendo mais gols que os caras aí – que o Neymar, que o Lúcio Maranhão. Se for ver, tenho mais gols que eles mesmo.”
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Ivan é mesmo um goleador no recreativo do Tricolor. Mas pode ir mais longe. Treinando muito cobranças de falta e pênalti, o goleiro do Joinville quer mais. E Artur Neto já está acostumado com isso. No Atlético/GO, último clube do treinador, o camisa 1 Márcio era o homem da bola parada.