Palmas para a prefeitura de Florianópolis por criar o “Floripa Gol de Letra” projeto que permite que atletas de futebol do Figueirense e do Avaí, a partir dos 15 anos, concluam o ensino fundamental por meio da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). Os meninos da base do Avaí estão tendo aulas, das 19h às 22h, na Escola Ildefonso Linhares, nos arredores do Estádio da Ressacada, no Sul da Ilha. Os alvinegros, também no horário noturno, estão no banco escolar na sede do clube, no Scarpelli, região continental de Florianópolis
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Todos estes atletas em início de carreira alimentam o sonho de tornaram-se jogadores profissionais, ganharem um bom dinheiro e quem sabe até integrarem a Seleção Brasileira de Futebol. Só que nem todos terão esta oportunidade. E depois das categorias de base, caso o atleta não seja selecionado para a equipe principal ou acolhido em outro time, acaba parando de jogar, muitas vezes tendo de se submeter a subempregos, por causa da baixa escolaridade. Por isso, é tão importante frequentar o EJA e estar preparado para ter alternativas fora e além do mundo do futebol.
Quando chegam nos clubes os jovens atletas das categorias de base são submetidos a treinamentos semelhantes àqueles dos jogadores profissionais, com uma carga horária elevada. A tendência, então, é pensar mais na bola do que nos estudos. E assim muitos acabam largando a educação formal, o que é um erro.
Lucas Boneti, 16 anos é atacante titular da equipe sub-17 do Avaí. Parou de estudar no 7º ano. Natural de Salvador, Rian Bonfim Santana tem 17 anos e joga na posição de meia-atacante no Figueirense há seis meses. Parou de estudar na 4ª série. Eles são alguns dos atletas que agarraram a chance de voltar a estudar no EJA, ao mesmo tempo em que seguem buscando o sonho de fazer bonito nos gramados. Seja como for, só o fato de voltar a estudar já garante a todos eles uma chance de um futuro melhor e com mais oportunidades.
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