Desde meados de julho a SCGás tem vendido gás natural veicular (GNV) 9% mais barato para os postos de combustíveis. Em Blumenau e região o preço caiu em média 10%. Mas não se anime em pesquisar. Em quase todos os preço é o mesmo ou varia em no máximo um centavo.

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Tanto a SCGás quanto o sindicato dos postos justificam que cada empreendimento é livre para cobrar o preço que julgar mais apropriado e que os custos são parecidos, por isso a variação mínima.

A pesquisa de preços foi feita entre quarta e sexta-feira da última semana à tarde com base na listagem de postos disponível no site da SCGás. Dos 16 postos consultados, 12 vendem o metro cúbico do gás a R$ 2,09, nos demais variam um centavo a mais ou a menos. Em apenas um a diferença é significativa: 10 centavos.

Cada posto é livre para cobrar o preço que julgar interessante, justifica o coordenador automotivo e de Gás Natural Comprimido da SCGás, Ronaldo Macedo Lopes. Ele explica que o GNV, diferente dos combustíveis líquidos mais usados como gasolina e álcool, tem preço mais estável. Isso acontece porque o etanol, especialmente, fica suscetível aos desempenhos de safras e tem flutuação maior durante o ano. A principal variável na composição do preço do metro cúbico do gás é o dólar, que pode fazer o valor aumentar dependendo da cotação.

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Lopes explica que a redução de 9% no preço cobrado pela SCGás tem a intenção de atrair mais clientes. Blumenau é o segundo maior mercado de automóveis da companhia no Estado, com uma frota convertida de quase 13 mil veículos. A intenção é alavancar esse número, por isso o abatimento segue até dezembro.

– A intenção é que mais gente passe a consumir. Nosso foco são os profissionais que rodam muito, como taxistas e representantes – define Lopes.

Além do preço mais atraente, é preciso criar incentivos para que o GNV volte a atrair consumidores, acredita Júlio César Zimmermann, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau. Ele explica que nos últimos três anos é perceptível a queda no número de conversões.

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O processo é caro e burocrático, por isso é necessário criar mecanismos de incentivo usados em outros estados, como a redução no IPVA, avalia Zimmermann. Para ele, o alinhamento nos preços do gás em promoção é uma questão de mercado:

– Todos são livres para praticar os preços que quiserem. É natural que eles fiquem parecidos por conta dos custos e valores pagos, que todos são muito semelhantes.