Quem ri por último, ri melhor. Este é o nome do espetáculo que Rainer Cadete, o doutor Rafael de Amor à Vida, e Sara Freitas irão encenar neste final de semana em Florianópolis. No palco, Winits interpreta Dione, uma famosa agente de atores que quer manter em evidência seu pupilo, o astro de TV Mateus, vivido por Júlio Rocha. Mas ela precisa proteger a imagem do galã, escondendo sua sexualidade. O problema se agrava quando Mateus conhece um garoto de programa, e os dois se apaixonam. Alex, o garoto de programa interpretado por Rainer Cadete, contudo, não tem certeza das suas escolhas, pois tem uma namorada, Helena, papel de Sara Freitas. Esta relação faz Mateus repensar suas escolhas, e uma teia de mentiras, sombras e aparências fica prestes a se romper.
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A peça estará em cartaz no Teatro do CIC, nesta sexta-feira, 1, e no sábado, 2.
A comédia apresenta um “drama da vida real” e os atores vieram à redação do Diário Catarinense e Hora de Santa Catarina para falar um pouco sobre o tema.
Diário Catarinense – Já conheciam a cidade?
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Sara Freitas – Já vim passar um Reveillon aqui, visitei praias lindas.
DC – A peça traz uma série de dilemas morais, onde os personagens ficam entre o ser e o mostrar. É claro que isso existe na vida real. Como vocês lidam com isso?
Rainer Cadete – Eu costumo falar que existe o que você é, o que você gostaria de ser e o que as pessoas querem que você seja. Eu não me considero um ator e ponto. Sou um artista livre, não me enquadro no estilo celebridade, deixo sempre as coisas acontecerem da forma mais natural.
Sara – Na maioria das vezes, somos vistos como um produto, e nós valemos o quanto vendemos pra empresa.
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DC – Os casais gays estão cada vez mais presentes nas novelas e na cotidiano das pessoas. Será que isso não facilita a vida do artista pra que ele se liberte do armário ou ainda há essa pressão em não se assumir pra manter uma imagem de galã?
Sara – Queira ou não, ainda existe muito preconceito. O beijo gay ainda é polêmica nas novelas e isso é um retrato da nossa sociedade.
Rainer – A tendência é facilitar, é as coisa tomarem esse rumo naturalmente. Encaro como uma questão de talento. O ator pode ser gay e mesmo assim fazer o galã da história.
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DC – Rainer, seu último personagem o Dr. Rafael de Amor à Vida, foi um personagem dramático, que quebrou paradigmas por se envolver com uma autista. Agora, você está no teatro fazendo comédia. Tem alguma diferença entre fazer drama e comédia?
Rainer – Cada caso é um caso. Eu mergulho diferente nos meus personagens, mas o que o ator tenta é passar uma verdade do personagem e essa verdade, geralmente, emociona. Se vai sair um sorriso ou uma lágrima, depende de quem ta vendo. Não é possível controlar a reação das pessoas. Mas quando o público se emociona é sinal que o trabalho está sendo bem feito.
Serviço:
O que: Peça Quem ri por último ri melhor
Quando: sexta-feira, 1, às 21h, e sábado às 21h30min
Onde: Teatro do CIC
Ingressos: blueticket.com.br
Informações: (48) 3664-2555 ou pelo site da Orth Produções