Chegou a vez de dois lutadores de Santa Catarina conhecerem como é estar no hexágono cercado por grades do Pancrase, evento de MMA mais antigo do Japão, que neste ano completa 25 anos. Neste domingo, em Tóquio, Ricardo Tirloni e Glaico “Nego” França irão representar o Estado.

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Nascido em Balneário Camboriú, Tirloni, de 34 anos, é experiente e já lutou em alguns continentes, mas nunca na Ásia. Oriundo do jiu-jitsu e com belos nocautes nos últimos anos, ele irá encarar o japonês Akira Okada (12v, 5d) na penúltima luta do evento, pelo peso-leve (até 70kg). O Pancrase é também mais uma grande organização no currículo, já que fez parte do Bellator, segundo maior evento de MMA do mundo.

Natural de Curitibanos, Glaico foi campeão do reality show TUF Brasil 4, em 2015, e entrou no UFC. Porém, com duas derrotas teve o contrato rescindido. De volta ao Brasil, foi campeão dos meio-médios (até 77kg) do Aspera FC e busca contra o japonês Hiroyuki Tetsuka uma nova chance de brilhar internacionalmente.

Abaixo, confira uma entrevista com os lutadores.

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Como está para a estreia no Pancrase? A preparação foi a ideal?

Glaico — A preparação para a luta foi a melhor possível. O treinamento foi da maneira que a gente esperava, me dediquei 100%, e estou afiado na luta livre esportiva, na trocação e pronto para trazer a vitória para Santa Catarina.

O Pancrase é um evento histórico e passa para o mundo todo, sonha com o cinturão do evento?

Glaico — O Pancrase é um evento tradicional e com certeza eu sonho com o cinturão. Claro que é trabalhar passo a passo, mas a longo prazo o objetivo é ser campeão. Os japoneses são muitos fãs e a gente espera a torcida deles, ainda mais porque a gente se dedica ao máximo e procura sempre dar atenção a eles. E depois das lutas tem o respeito que as artes marciais nos ensinam.

O que planeja para a carreira em 2018?

Glaico — Em 2018 planejo lutar essa primeira, espero a vitória, para depois, quem sabe, disputar o cinturão da categoria meio-médio.

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Tem tido apoio para a seguir vivendo somente da luta?

Glaico — O apoio para seguir vivendo somente da luta, para mim, está excelente. Eu tenho patrocinadores e ajuda familiar que possibilitam que eu não precisa trabalhar em um outro emprego secundário para me manter.

O Pancrase passa para o mundo todo, sonha com o cinturão do evento?

Tirloni – Olha, eu sonho em cada vez estar melhor, em poder me apresentar bem, render e ser campeão pegando a cinta do evento que estou lutando. Acredito que se eu fizer a minha parte, até final do ano estou com ele na cintura.

O que planeja para a carreira em 2018?

Tirloni – Planejo fazer três lutas, começamos cedo, no início do ano, então até quatro eu topo. Quero até final do ano lutar pelo cinturão. Vencendo já vou chamar o campeão, quero que eles entendam que eu não sou só mais um, que estou ali para ser o melhor.

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Tem tido apoio para viver só da luta?

Tirloni – Viver só de luta estando fora do UFC é bem difícil. Tenho alguns patrocinadores que possibilitam investir em treinos, mas continuo atuando por meio período na minha empresa, a Stance Fight. Ter a ajuda de bons colaboradores me auxilia para treinar e viajar, mas viver da luta? Não dá, não.

Como te sentes desbravando mais um país graças ao MMA?

Tirloni – É mais uma página do meu livro, que faltava Ásia para estar completo, e foi um dos motivos que me fizeram assinar com o Pancrase. Eu que sou um fã do Pride (evento dos anos 2000) e comecei a lutar porque assistia ao evento japonês. Lutar no Japão é o sonho de todo lutador. Tenho a oportunidade de fazer uma carreira por lá, por isso venho me dedicando tanto para escrever uma página bonita na minha história.

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