Presente e futuro do nosso esporte juntos para recuperar as glórias do passado. Difícil de entender? Pois é desta forma que a ginástica rítmica blumenauense, maior campeã da história dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), encara esta edição.
Continua depois da publicidade
Dos 16 títulos, o último foi em 1994 e Florianópolis vem de um tetracampeonato. Mas nem só de sete ginastas em competição e comissão técnica será feita a equipe da casa. Quem está fora e espera a oportunidade de brilhar como gente grande também quer ajudar.
– A equipe treina de segunda-feira a sábado, focada. As meninas fazem o melhor, buscando ficar entre as três primeiras. Como é um Jasc em nossa cidade, a equipe se volta para isso. As atletas estão mais unidas – conta Diana Silva Avila, 28 anos, uma das técnicas da ginástica rítmica local.
Sob a responsabilidade de Diana, estão pequenas grandes meninas com o sonho de saltar longe, fazer história. Por exemplo, Alessandra Cunha dos Santos, 13 anos. Ou apenas Pingo.
Continua depois da publicidade
O apelido é facilmente explicado pela altura de 1m58cm, que contrasta com a grandeza das conquistas dela, que já competiu e trouxe títulos e medalhas de países como Colômbia, Bolívia e Venezuela, além de um estágio na Bulgária, no começo do ano. Ela só deve estrear nos próximos Jasc, mas tem tudo a ver com este.
– Quando ela (Alessandra) chegou aqui, era muito pequena. Um pingo de gente. É uma ginasta de ponta no Brasil. O futuro da Pingo é na Seleção. Foi um ano difícil, com lesão séria no ombro, mas ela treina firme para ir atrás do sonho. O foco é a Olimpíada de 2020, mas para isso requer apoio da cidade, tanto financeiro como em estrutura – avalia Diana.
É por saber da necessidade de dar um passo por vez que as ginastas locais querem a modalidade forte em Blumenau. Querem ter aqui o que há de melhor para despontar ao cenário brasileiro e mundial. E têm consciência de que um resultado expressivo nos Jasc pode dar a guinada esperada para atrair recursos.
Continua depois da publicidade
Por isso, Pingo e outras jovens ginastas respiram os Jasc. Todas são uma só. Dividem o mesmo ambiente de treino, na AABB, durante a semana.
– Não estou junto só nos treinos. Vou estar na arquibancada nos Jogos. Vou torcer muito. Na ginástica rítmica encontrei meu esporte. O que mais vale a pena não são os troféus mas as amizades, os lugares, a aproximação com a minha técnica. Aprendi tudo, desde independência até maturidade – finaliza Pingo.