A estratégia é a mesma dos últimos anos. O jovem ginasta Gabriel Dias, 19 anos, passará cerca de 20 dias na Europa, treinando com as seleções de Portugal e Espanha, de olho nas competições que terá em 2014. Mas o foco agora é diferente. O atleta continua trabalhando nos cinco aparelhos da modalidade, mas dedicará uma atenção especial a dois deles: paralelas e cavalo.

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As férias do atleta terminam neste fim de semana. No domingo, ele embarca rumo a Portugal, onde ficará no Sport Club do Porto até dia 19 treinando com a equipe de rendimento do clube. De 20 a 25, estará no mesmo local com a seleção portuguesa e encerra essa fase europeia de treinos de 26 até 1º de fevereiro, em Madri, junto com a seleção espanhola.

– A ideia de treinar lá surgiu eu fui disputar um campeonato em Portugal. Então, me convidaram para passar um tempo com eles. Conversei com meus patrocinadores, que bancaram a minha viagem, e eu estou indo pela terceira vez – conta o atleta.

Gabriel explicou que a preferência por se especializar em dois aparelhos é seguir uma tendência entre os atletas da ginasta. E citou o caso de dois atletas brasileiros que vivem realidades distintas.

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– O Artur Zanetti foi campeão olímpico nas argolas e ganhou destaque. Já o Sérgio Sasaki terminou em 10º no geral, a melhor colocação na história do Brasil, e ninguém fala dele – comentou.

Os planos de Gabriel se confundem com o sonho de disputar uma Olimpíada. Mas ele acredita que será difícil estar no Rio de Janeiro em 2016. Por isso, mira estar em Tóquio em 2020.

– Acho muito cedo para mim em 2016. Espero conseguir mais experiência nos treinos e em competições – explica.

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Depois que saiu das categorias de base e chegou no adulto, em 2013, Gabriel preferiu priorizar os treinos e pouco competiu no ano passado. Agora, o foco é justamente usar toda a bagagem do último ano, priorizar os dois aparelhos e mirar as competições que começam no segundo semestre, entre elas dois Campeonatos Brasileiros, torneios internacionais (como a Copa Veroni, na Rússia) e os Jogos Abertos de Santa Catarina.

– Treinar muito é um esforço que compensa para quem gosta do que faz. Por isso que ainda não desisti – conclui.